Economia e mercado 06 Dez
A Apple lançou a AirTag com o intuito de facilitar o rastreamento de objetos como carteiras, malas e outros itens que podem ser facilmente perdidos pelos proprietários. No entanto, algumas pessoas estão usando o acessório da empresa para perseguir pessoas, especialmente ex-companheiros — há relatos em vários países, principalmente nos Estados Unidos.
De acordo com informações do Bloomberg, duas mulheres estão processando a Apple em São Francisco, na Califórnia, por serem monitoradas por ex-parceiros através do acessório. Em um dos casos, a denunciante afirma que seu ex-namorado escondeu uma AirTag em seus itens pessoais para segui-la sem consentimento e encontrar seu novo endereço.
No outro caso, a mulher diz que seu ex-marido inseriu uma AirTag na mochila de seu filho para determinar a localização da mãe e criança usando o serviço da gigante de Cupertino. Ciente desse eventual uso, a Apple introduziu inúmeras barreiras de segurança para evitar que o dispositivo seja usado para perseguir pessoas, como uma notificação nos iPhones e alto-falante.
Embora a fabricante tenha introduzido esses recursos de segurança, a acusação afirma que os mecanismos anti-rastreamento são "lamentavelmente inadequadas e fazem pouco, ou nada, para avisar prontamente os indivíduos se eles estão sendo rastreados", pontuando que a empresa lançou um produto inseguro.
Ambas pedem uma indenização da Apple, mas o valor não foi revelado à imprensa. Em fevereiro deste ano a maçã emitiu a seguinte nota sobre os casos de perseguição:
"O AirTag foi projetado para ajudar as pessoas a localizar seus pertences pessoais, não para rastrear pessoas ou a propriedade de outra pessoa, e condenamos nos termos mais fortes possíveis qualquer uso malicioso de nossos produtos".
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