O novo chefe de montagem do iPhone da Foxconn, Michael Chiang, revelou que uma das maneiras de manter o padrão de qualidade da Apple é garantir uma linha de produção bem robusta. Para a empresa fabricante de diversas marcas, enquanto linhas de produção de smartphones Android chineses exigem cerca de 100 trabalhadores, os iPhones precisam da presença de pelo menos 1.200 funcionários.

Isso ocorre porque, mesmo que a empresa produza em larga escala, a avaliação dos produtos pode trazer um grande prejuízo e levar a fábrica a precisar refazê-los. Por isso, é preciso um bom acompanhamento durante todo o processo.

No entanto, a pandemia de Covid-19 trouxe um impacto muito grande nas fábricas de iPhone da Foxconn, o que levou a demissões em massa e, consequentemente, protestos de trabalhadores —que foram violentamente calados pelas forças de segurança chinesas. Também houve denúncias que, aproveita a política da Covid Zero, a empresa estava exigindo que os trabalhadores se mudassem para a fábrica e ampliassem a carga de trabalho.

Diante desse cenário, Chiang foi essencial para acalmar o fôlego da agitação trabalhista em Zhengzhou no final do ano. Ele fez a comunicação com o governo local e assegurou as demandas da empresa. Vale lembrar que, após confronto entre trabalhadores e fábrica, a produção foi afetada e os estoques dos iPhone 14 Pro e 14 Pro Max foram impactados durante as compras de final de ano.

Outros fornecedores da Apple também enfrentaram desafios por conta da crise econômica mundial. No caso da Samsung Display, que fabrica as telas do iPhone para a Apple, chegou a apresentar taxas de produção – a porcentagem da produção que passou pelo controle de qualidade – de apenas 60% . Após essa avaliação, a sul-coreana atingiu 80% e observadores da indústria até descreveram 90% como uma conquista impressionante .

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