A Samsung possui sua própria linha de processadores para celulares e tablets para servir como alternativa aos chips da Qualcomm, levando à forte concorrência — e inevitáveis comparações — entre Exynos e Snapdragon. O Galaxy S23, por outro lado, pode ser o primeiro celular da linha “S” a ser lançado somente com o hardware da empresa rival.

A seguir, você poderá analisar um comparativo de desempenho elaborado pelo XDA Developers que reúne dados de testes de benchmark feitos com modelos desde o Galaxy S5 até o Galaxy S22, permitindo observar os maiores saltos de desempenho e em quais aspectos, ao longo dos anos, o Exynos e Snapdragon se superaram entre si.

Todas as pontuações médias foram elaboradas considerando os resultados de 250 testes executados no Geekbench, considerando apenas as versões principais das gerações (sem versões Plus, Ultra, Lite ou FE) — exceto pelo Galaxy S5 LTE-A, que trocou o Snapdragon 801 do modelo básico pelo Snapdragon 805.

Falando no hardware da Samsung, os gráficos apontam que o Exynos 2200 do Galaxy S22 é quase dez vezes mais poderoso em multi-core que o Exynos 5422 do Galaxy S5. Por mais que a evolução seja óbvia, os dados mostram que os saltos de desempenho ficaram menores ao longo das últimas gerações — e o mesmo vale para o Snapdragon.

Um dos maiores saltos da linha é visto entre o Exynos 8895 do Galaxy S8 para o Exynos 9810 do Galaxy S9. A Samsung substituiu os núcleos ARM Cortex-A53 para o Cortex-A55, além de aumentar a capacidade de cache de 2 MB para 4 MB. Curiosamente, ambos possuem a mesma litografia de 10 nanômetros com arquitetura FinFET.

Quanto aos chips da Qualcomm, os saltos de desempenho são mais consistentes e menos gritantes. Curiosamente, o Snapdragon 888 apresentou pontuação média em multi-core inferior ao seu sucessor, o Snapdragon 8 Gen 1, que adquiriu fama de “esquentadinho”. O Snapdragon 855 também superou a pontuação média de seu sucessor, o 865.

Embora tenha enfrentado várias críticas pelos problemas de superaquecimento de suas plataformas, a sul-coreana deixou claro que seguirá desenvolvendo a linha Exynos, mas deve utilizar hardware da rival para os próximos celulares tops de linha.

No geral, ambas as plataformas tiveram desempenho comparável ao longo dos anos. A Samsung costuma apresentar melhor performance em multi-core, enquanto a Qualcomm se destaca em tarefas de único núcleo, embora tenha ficado em desvantagem nas duas últimas gerações — isto é, segundo o Geekbench.

A plataforma de benchmarks não é capaz de identificar o consumo de energia dos chips, algo que impacta diretamente na experiência do usuário, uma vez que potência maior pode significar menor autonomia de bateria.

O Galaxy S23 será lançado no dia 1º de fevereiro como o próximo celular top de linha da Samsung. O modelo utilizará Snapdragon 8 Gen 2, que promete um grande salto de desempenho e eficiência em relação ao antecessor.

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