O Twitter anunciou na manhã desta quinta-feira (02) que deixará de fornecer acesso gratuito à sua API, incluindo as versões 2 e 1.1, a partir de 9 de fevereiro. Isso significa que os desenvolvedores e empresas que utilizam as ferramentas terão que pagar uma quantia — ainda não divulgada — para elaborar e manter suas aplicações para a plataforma.

As informações foram reveladas através do Twitter Dev, página oficial que trata assuntos voltados aos desenvolvedores da rede social. Embora a companhia não tenha revelado o preço para acesso da API, é falado em um plano de “nível básico” que pode sinalizar um serviço por assinatura similar ao “Blue”, com mensalidades de até R$ 60.

Starting February 9, we will no longer support free access to the Twitter API, both v2 and v1.1. A paid basic tier will be available instead 🧵

— Twitter Dev (@TwitterDev) February 2, 2023

Não é a primeira vez que desenvolvedores enfrentam obstáculos para programar para o Twitter. Em janeiro, aplicações como o Tweetbot e Twitterrific pararam de funcionar devido a “regras de API” que geram conflitos desde 2015, mas a nova direção da rede social parece estar protagonizando um novo entrave para os especialistas.

Não é segredo que, desde a posse de Elon Musk como CEO do Twitter, a rede social passou a navegar em águas turbulentas: decisões que não agradaram aos usuários, questões de segurança e a perda significativa de receita com anúncios geraram uma crise que obrigou a direção a buscar mais formas de monetizar a rede social.

Além de elevar preços com novas assinaturas, a plataforma agora deve passar a cobrar pelo uso de uma ferramenta amplamente utilizada pelos desenvolvedores e empresas que integram seus próprios serviços ao Twitter.

A API v2, atualmente, possui três níveis de acesso: “Essencial”, “Elevado” e “Pesquisas Acadêmicas”, tais que permitem analisar até milhões de tweets ao mês e estudar os dados da base da plataforma. Até o momento, não está claro quais níveis se tornarão serviços pagos.