Os funcionários do YouTube Music na região de de Austin, Texas, que votaram pela sindicalização, estão em greve. O Alphabet Works Union-CWA (AWU-CWA), que representa os empregadores, diz que esta é a primeira vez que um grupo de trabalhadores afiliados ao Google entra em greve.

A Cognizant, uma subcontratada da Alphabet, emprega os (mais de 40) funcionários em greve. Eles dizem que a atual data de retorno ao escritório da Alphabet, em 6 de fevereiro, ameaça sua segurança e meios de subsistência, já que seu pagamento de US$ 19 por hora dificulta os custos de realocação, viagens e assistência médica. O AWU-CWA diz que a maioria dos funcionários foram contratados para trabalhar remotamente e quase um quarto deles não mora no Texas.

Os funcionários do YouTube dizem que a Alphabet e a Cognizant só anunciaram o retorno repentino ao escritório presencial depois de já terem votado pela sindicalização. Em comunicado, no entanto, a Cognizant disse que esses planos de retorno ao escritório estão em vigor e comunicados desde dezembro de 2021, bem mais de um ano atrás.

Além disso, eles acusam os gerentes de enviar trabalho para outros escritórios para “minar” os esforços sindicais, acrescentando que um supervisor fez ameaças antissindicais implícitas. Por fim, os funcionários apelaram ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) para serem reconhecidos como “empregados em conjunto” pela Cognizant e pela Alphabet; a designação forçaria a Alphabet a negociar com base nas leis trabalhistas dos Estados Unidos.

"The layoffs showed we are just entries in a spreadsheet to Google executives. This isn't the Google I thought I joined. This strike is what I joined Google for. Thank you." - Google software engineer spoke out in support of striking workers #YouTubeStrike

— Alphabet Workers Union (AWU-CWA) (@AlphabetWorkers) February 3, 2023

A Cognizant se pronunciou sobre o assunto através da seguinte declaração:

A Cognizant respeita o direito de nossos associados de discordar de nossas políticas e protestá-las legalmente. No entanto, é decepcionante que alguns de nossos associados tenham optado por entrar em greve devido a uma política de retorno ao escritório que lhes foi comunicada repetidamente desde dezembro de 2021. Os associados que trabalham neste projeto aceitaram seu emprego com o entendimento de que estavam aceitando cargos no escritório, e que a equipe trabalharia junta em um local físico em Austin.

Embora o volume de funcionários em greve seja baixo, isso pode acabar motivando outros funcionários da empresa a tomarem atitudes similares, assim como tem acontecido em empresas como o Facebook.

Por enquanto, nos resta aguardar para descobrir qual será o desfecho do protesto.