Economia e mercado 07 Fev
O Google testará as capacidades de um navegador baseado em Blink no iOS. Trata-se do motor de renderização utilizado pelo Chrome, Microsoft Edge e outras plataformas que utilizam o Chromium. A equipe de desenvolvedores publicou alguns detalhes do projeto em 31 de janeiro, indicando que é apenas uma aplicação “experimental”.
Embora a Apple impeça qualquer aplicativo de navegação web de utilizar um motor que não seja seu próprio WebKit (fazendo com que todos os navegadores sejam basicamente uma cópia do Safari), a gigante das buscas parece interessada em “entender certos aspectos do desempenho no iOS”, segundo um porta-voz do Google.
O Google deve analisar como um navegador com Blink se comporta no iOS, mas para não ser impedido pelas políticas restritivas da Apple, o projeto não será disponibilizado para o público e permanecerá em testes internos utilizando seus mecanismos para desenvolvedores.
A ideia é criar um aplicativo que utiliza o “content_shell” para garantir que o Google tenha um navegador “a pronta entrega”, caso as políticas restritivas mudem e passem a permitir que aplicativos de terceiros sejam baseados em um motor de navegação alheio ao WebKit. A Mozilla está adotando uma estratégia semelhante com o Firefox.
O content_shell, conforme explica um especialista contatado pelo The Register, é um navegador extremamente básico para fins de teste, mas que pode representar “o início de uma adaptação dos navegadores” para o iPhone e iPad.
Desenvolvedores são severamente prejudicados pelas políticas da Apple. Além das comissões anticompetitivas da App Store, os navegadores projetados para iOS são forçados a utilizarem o motor WebKit que, segundo especialistas, não é otimizado para aplicações web e pode obrigar a criação de aplicativos que rodam nativamente no iPhone.
A Apple nunca deu indícios de que pretende tornar seu sistema operacional mais aberto e segue defendendo que a plataforma fechada é mais segura para os usuários. Por outro lado, órgão reguladores de mercado estão fechando o cerco contra a big tech, que pode finalmente lançar celulares com porta USB-C em 2023 ou 2024, substituindo o padrão Lightning.
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