
Economia e mercado 28 Fev
Atualização (07/03/2023) - por DT
O Banco Central do Brasil anunciou nesta semana o calendário de testes do projeto-piloto do real digital. O objetivo é incorporar essa versão da moeda brasileira ao sistema financeiro do país no final de 2024 ou início de 2025.
O teste vai ser realizado em um ambiente simulado, ou seja, não vai envolver transações ou valores reais. Na fase piloto iniciada, o BCB irá avaliar os benefícios da “programabilidade oferecida por uma plataforma de tecnologia de registro distribuído".
De acordo com as informações divulgadas pela instituição, esse sistema oferece um cenário completo e "multiativo para operações com ativos tokenizados, dados os contornos legais de sigilo, proteção de dados e prevenção à lavagem de dinheiro”.
O acesso direto a contas e passivo digital do BC continuará restrito a instituições autorizadas. O projeto prevê a participação de usuários finais por meio de depósitos tokenizados mantidos por instituições financeiras (IFs) ou instituições de pagamento (IPs).
A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) também vai participar dos testes e contemplará a emissão de Títulos Públicos Federais e a liquidação de transações envolvendo esses títulos com Entrega conta Pagamento (Delivery versus Payment – DvP) no nível do cliente final.
Um fórum será criado durante o piloto para a troca de informações. Além das associações representativas das instituições autorizadas a funcionar pelo BC, está prevista a extensão do convite de participação do fórum à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Atualização (27/02/2023) - EB
Há alguns dias o presidente do Banco Central (BC) afirmou que o projeto piloto do Real Digital já estava pronto para ser lançado, mas ainda não havia sido revelado uma data para início da sua execução. Agora, Roberto Campos Neto, que preside o BC, revelou que o projeto entrará na fase prática em março deste ano, além de outras metas para a moeda.
A declaração foi dada pelo presidente do BC em um evento realizado em uma universidade em Brasília (DF). Na conferência ele disse:
Em termos de próximos passos, no mês que vem, a gente vai ter o piloto funcionando, então no mês que vem a gente já vai ter um piloto da moeda digital, o Brasil vai ser um dos primeiros países do mundo a fazer isso
Campos Neto afirma que a meta é que o Real Digital esteja funcionando plenamente para o público até o fim de 2024, pois é necessário garantir a segurança a respeito da plataforma, o que somente é possível com testes práticos.
O líder do Banco Central explicou que o projeto está sendo desenvolvido em parceria com diversas instituições e trará diversos benefícios como:
Basicamente, pegar um depósito, bloquear ele e emitir um token em cima daquele depósito. Se ele é um depósito tokenizado, herda toda a regulação do depósito. Isso significa muito, imagina fazer uma nova regulamentação inteira.
Desta forma, o Real Digital tende a ser uma extensão da moeda atual do Brasil, por isso será emitido pelo Banco Central que manterá a sua custódia e o distribuirá para bancos parceiros o repassarem aos brasileiros como já ocorre com o Real.
Isso significa que o Real tradicional poderá ser trocado pelo Real Digital sem problema algum. A cotação diante outras moedas também será a mesma e não haverá remuneração para correção automática de recursos.
Campos Neto ressaltou ainda que o Real Digital terá todas as medidas de segurança jurídica, privacidade e segurança cibernética para evitar fraudes em operações. Por fim, não será permitido que bancos emprestem os recursos do Real Digital a terceiros e depois devolva-os aos clientes, como já ocorre com o Real físico.
Matéria original (15/02/2023)
O projeto piloto do Real Digital parece estar pronto para ser implementado. Pelo menos é o que o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou durante uma apresentação no BTG Pactual CEP Conference 2023 nesta terça-feira (14). Segundo ele, "Vai começar já agora".
Anteriormente, a instituição chegou a anunciar a criação de uma blockchain própria para a versão digital do dinheiro que circula no Brasil. Em geral, ela é configurada como stablecoin e o seu valor é atrelado ao do modelo físico da nossa moeda nacional e vai nascer atendendo aos requisitos aplicados no setor financeiro, além de estar de acordo com as regras do BC.
O mandado de Campos vai se encerrar no fim deste ano, mas a implementação do Real Digital é a sua prioridade. Nesse sentido, ele também a ideia de integrar o Pix com o Open Finance e além disso, vinculá-los à moeda digital que ainda não tem uma data exata para ser lançada.
De modo geral, a novidade visa facilitar as transações financeiras feitas pelas pessoas no dia a dia, além de reduzir os custos operacionais que envolvem dinheiro. Dessa forma, será possível inserir contratos inteligentes e modernizar o sistema financeiro como um todo.
Os detalhes da implementação do Real Digital estão todos em um artigo do TudoCelular que vai te explicar tudo o que precisa saber sobre a moeda digital. Apesar de não ter uma data, espera-se que a versão digital do dinheiro fique disponível no próximo ano.
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