
Economia e mercado 15 Mar
23 de março de 2023 13
A Arm Holdings (ARM), empresa sediada no Reino Unido responsável por projetos de chips semicondutores utilizados em mais de 95% dos smartphones em todo o mundo, incluindo os da Samsung, pretende reformular seu modelo de negócios. A ideia é que ela modifique seu sistema de royalties, descontinuando a prática de cobrar dos fabricantes de chips com base no valor dos chips e, em vez disso, mudando para um modelo baseado no valor do dispositivo.
A empresa de propriedade do SoftBank já alertou vários clientes importantes sobre a mudança pendente em sua estrutura de negócios anterior, conforme evidenciado por fontes do setor e ex-funcionários. Isso trará uma margem de lucro muito maior para a empresa, já que a previsão é que ela aumente a cada design vendido, já que o valor monetário de um smartphone é maior do que um chip vendido separadamente.
Grandes empresas como MediaTek, Unisoc, Qualcomm, Xiaomi e OPPO foram informadas das alterações de preços iminentes. Além disso, acredita-se que a empresa esteja procurando adquirir um mínimo de US$ 8 bilhões por meio de um lançamento notavelmente bem-sucedido no mercado de ações dos EUA, previsto para ocorrer no ano atual.
Essa decisão impacta diretamente a Samsung porque a divisão System LSI da Samsung desenvolveu a série Exynos de sistemas em chips baseados em ARM, que são fabricados pela Samsung Foundry. O mesmo acontece com o Snapdragon, que também costuma ser incorporado aos telefones Galaxy.
Assim, um aumento no custo dos designs de chips ARM significaria que a Samsung teria que pagar mais e, provavelmente, esse custo pode ser repassado ao consumidor. No entanto, resta saber se a Samsung seguirá esse caminho ou encontrará outra maneira de cobrir a despesa adicional.
Somando as complicações da empresa, a Samsung pretende desafiar a tecnologia de silício proprietária da Apple, criando seus próprios processadores avançados para uso em smartphones e computadores. Com esse movimento, a empresa de tecnologia sul-coreana ganhará controle sobre todo o processo de design e otimização, semelhante à saída da Apple da Intel.
Esse esforço está sendo liderado por uma equipe interna e liderado por Rahul Tuli, um ex-desenvolvedor da AMD. Portanto, em vez de continuar a utilizar o Arm para seus processadores Exynos, a mudança para o design interno deve permitir que a Samsung construa chips com especificações mais altas. Vale ficar atento para os próximos passos da empresa sul-coreana em garantir sua independência na linha de produção.
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