
Android 09 Mai
27 de maio de 2023 30
O Huawei P60 Pro foi oficializado na Europa com um belo design e câmeras que continuam sendo o maior atrativo da linha de celulares da chinesa.
Além disso, também destacamos a presença de processador Snapdragon 8 Plus Gen 1.Contudo, temos aqui alguns pontos críticos.
O principal deles está na ponta da língua de qualquer usuário ocidental: a falta de aplicativos e serviços do Google. Outro problema importante, e muito citado, é a falta de conexão de quinta geração.
Esses dois pontos são limitadores importantes? O hardware e a tradição da Huawei compensa? Pois bem. É isso o que vamos tentar responder neste hands-on.
O Huawei P60 Pro chegou ao grupo do TudoCelular logo após o lançamento europeu e, sem sombra de dúvidas, o smartphone é elegante. Aqui no P60 Pro tudo está bem harmonizado e o módulo de câmeras traseiras é ligeiramente saltado em relação ao corpo do dispositivo. Claro que o maior destaque dele é a forma como a empresa posicionou os sensores.
A presença da lente principal tão destacada acabou se tornando uma marca importante de design e isso serve até mesmo para diferenciar o Huawei P60 Pro de tantos outros celulares chineses.
O acabamento perolado também passa uma sensação de elegância, exclusividade e singularidade. Já a parte frontal segue aquele padrão de smartphone da Huawei.
Ou seja, temos display com poucas bordas e um furo centralizado para acomodar a lente de selfies. Esse painel também tem bordas laterais curvas e o queixo inferior não é tão grande.
O vidro utilizado pela Huawei para proteger este smartphone é o Kunlun Glass de fabricação própria. A empresa chinesa destacou no lançamento que o material recebeu classificação de 5 estrelas do órgão suíço SGS, algo que garante a resistência à quedas.
Se você tem mãos pequenas, segurar o Huawei P60 Pro não será um problema, mesmo com um display tão grandalhão. O peso de 200 gramas também não atrapalha porque é bem distribuído. O único detalhe que pode dificultar a vida de algumas pessoas é o posicionamento do leitor de digitais.
Ele está em um local muito baixo e isso obriga a fazer um certo esforço para alcançar. De toda forma, o sensor é responsivo, rápido e tem um alto grau de assertividade.
E o que vem na caixa do Huawei P60 Pro? Temos aqui o smartphone, chave de chip SIM, cabo USB, carregador, manuais e um case de proteção.
O Huawei P60 Pro foi anunciado com tela OLED LTPO de 6,67 polegadas com resolução Full HD Plus e que oferece taxa de atualização que pode variar entre 1 Hz e 120 Hz. O painel é de ótima qualidade, sendo que o seu pico de brilho pode ultrapassar os 1000 nits.
Além disso, a reprodução de cores deste aparelho está bem calibrada e, se você não gostar das configurações padrão, basta mudar isso no software.
Aliados a esse display de boa qualidade, temos também um conjunto de alto-falantes para fornecer som estéreo. O som é bem encorpado e não distorce muito no volume máximo, mas é claro que o grave acaba sendo um pouco mais fraco.
E agora vamos falar do processador, ou seja, do Snapdragon 8 Plus Gen 1. Ele não é o chipset mais recente da Qualcomm e não há conexão 5G por aqui.
Mesmo assim, quando alinhado aos 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno, o Snapdragon 8 Plus Gen 1 consegue ser eficiente.
Com ele, o usuário vai rodar com tranquilidade todos os games da App Gallery. No Huawei P60 Pro você ainda pode expandir a memória interna usando um cartão proprietário da Huawei. Essa solução é bem conhecida do público fiel da marca.
Outros destaques importantes incluem a presença de Bluetooth 5.2, Wi-Fi 6, NFC e para pagamentos por aproximação. Você também pode usar dois chips SIM com cartão nano.
Passando para a autonomia, temos no Huawei P60 Pro uma bateria de 4.815 mAh e um usuário padrão pode conseguir passar até dois dias longe da tomada. E se o P60 Pro descarregar, temos ainda na caixa um carregador de 88 Watts, que permite recarregar o aparelho em apenas meia hora.
É inegável que a falta de serviços e aplicativos do Google vai deixar muito usuário ocidental órfão. Na prática, muita gente nem sabe como utilizar soluções alternativas ao Gmail, Drive, Docs ou Google Maps. Esses serviços sempre estiveram disponíveis na tela inicial sempre que você configura um smartphone novo.
Aqui no Huawei P60 Pro a App Gallery tenta compensar essa falta dos serviços do Google. Para isso, o software permite que você instale atalhos para o Gmail, Drive ou YouTube. Tudo funciona como webApps. Ou seja, é basicamente um atalho para o serviço ser executado no navegador.
Apesar disso, como a Huawei tem investido pesado na sua loja proprietária de aplicativos, você vai encontrar aqui uma série de opções para substituir os aplicativos proprietários do Google.
O maior problema talvez seja os serviços específicos, como aplicativos de bancos e até mesmo opções do governo. Citando como exemplo, você não vai ter o aplicativo do Banco do Brasil, Bradesco, Nubank ou qualquer outro por aqui.
Outros aplicativos que notamos que também fazem falta incluem Netflix, Instagram, Prime Vídeo e tudo relacionado a Alexa. Você até pode encontrar atalhos para eles dentro da loja da Huawei, mas o download não é direto.
O usuário é redirecionado para serviços de terceiros para fazer o download de apk e isso, sem sombra de dúvidas, compromete a segurança. Curioso saber que o próprio software da Huawei alerta sobre esse problemão, mas não oferece um suporte digno.
Falando um pouco mais sobre os aplicativos proprietários da Huawei, a empresa entrega boas opções como o Pental Maps e o seu navegador proprietário. É claro que o serviço de mapas não vai ter detalhes como o Street View do Google, mas ele é bem competente.
Em linhas gerais, o software da chinesa está bem otimizado e consegue abrir aplicativos de forma rápida, tem boas transições e, como dito anteriormente, consome pouca bateria. Isso sem falar da boa linguagem de design. No quesito software é tudo uma questão de escolha.
No Huawei P60 Pro temos três câmeras, sendo que a principal tem 48 megapixels. Esse sensor tem estabilização óptica de imagem e o seu maior destaque é a capacidade de variar a abertura entre f 1.4 e f4. O sensor secundário é um ultrawide com 13 megapixels e o último é um telezoom de 48 megapixels.
Ele também tem estabilização óptica, capacidade de entregar zoom de até 3,5 vezes e é uma das maiores estrelas deste conjunto. Todas as três câmeras desfrutam da tecnologia XMAGE para processamento e há inteligência artificial com algoritmos de fotografia computacional.
Isso resultou até mesmo na liderança no DxOMark. Começando pela câmera ultrawide, o sensor de 13 megapixels é o mais fraco dos três. Ele entrega bons resultados durante o dia, mas perde a nitidez nas bordas.
Ainda assim, as cores estão bem calibradas e isso é algo que garante um resultado até ok durante fotos noturnas. Confira abaixo:
Por outro lado, o sensor principal de 48 megapixels colhe todo os louros deste conjunto fotográfico. Isso porque ele oferece ao usuário a possibilidade de escolher manualmente a abertura numa escada que vai de f 1.4 a f 4 e isso não é um artifício de software.
É algo que está presente nas lentes. Estamos falando de um diafragma real. O resultado são fotos bem calibradas que podem ser ajustadas facilmente pelos usuários, principalmente pelos entusiastas da fotografia.
Ainda assim, aqueles usuários mais apressados poderão desfrutar de imagens de ótima qualidade. Temos fotos com cores bem equilibradas, foco dentro do esperado e detalhes perceptíveis. O HDR também faz bom trabalho em situações mais complexas, sendo que às vezes ele costuma exagerar.
Além disso, a noite as fotos são de boa qualidade, não há muita perda de detalhes e isso está diretamente relacionado ao balanço de branco dentro do esperado. Isso torna a foto mais realista e é um ponto altamente positivo. Veja:
A terceira e última câmera é a telefoto de 48 MP com zoom óptico de 3,5 vezes. Com ela, você vai encontrar os mesmos pontos positivos do sensor principal. Ou seja, fotos com boa nitidez, ricas em detalhes e cores equilibradas. O que mais chama a atenção é que com ela é possível tirar fotos em modo retrato de forma muito mais convincente.
Isso sem falar que o conjunto de lentes móveis faz fotos macro muito mais competentes que qualquer modo de software disponível em outros smartphones.
Na prática, é possível capturar aquela foto de gota d’água de forma super competente e com resultados próximos ao profissional. Veja nos exemplos abaixo:
Obviamente, o Huawei P60 Pro é capaz de gravar vídeos em 4K a 60 quadros, sendo que o resultado é satisfatório. A estabilização óptica faz a diferença para manter tudo sem tremedeira, enquanto que a velocidade do foco está muito bem calibrada.
Por fim, e não menos importante, o Huawei P60 Pro tem câmera frontal de 13 megapixels. Na prática, o sensor entrega selfies dentro do padrão esperado de um celular topo de linha. Nada muito excepcional.
E chegamos ao momento onde respondemos se o P60 Pro vale o investimento ou não. Pois bem. No exterior este smartphone custa o equivalente a R$ 6.530 na versão com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.
Definitivamente, é um preço alto. Especialmente quando levamos em consideração os dois pontos negativos e que gritam bem alto que não vale a pena comprar o P60 Pro.
Aos fãs da Huawei, não me levem a mal. O P60 Pro tem sim um bom conjunto de hardware. O processador é bom, a tela é boa, as câmeras são de excelente qualidade e a autonomia também está legal.
Contudo, a falta de serviços do Google e da conexão 5G impede que este aparelho seja indicado para usuários comuns. Ainda assim, mesmo que tivesse a rede de quinta geração, ainda teríamos ressalvas quanto ao P60 Pro.
Isso porque é preciso fazer todo um esforço de aprendizagem quando o assunto é software. Eu, você e muitos outros entusiastas até estamos preparados para se aventurar, mas a tia do zap e, até mesmo outros jovens, definitivamente não.
Com o preço que você paga no Huawei P60 Pro, é possível pegar boas opções na concorrência e muitas delas que não exigem tanta renúncia e aprendizado.
Ou seja, é muito mais fácil permanecer acomodado com esse preço e pegar um Galaxy S23, Xiaomi 13 ou até mesmo iPhone 14, mesmo que isso signifique abrir mão de câmeras excepcionais.
De toda forma, como não há previsão de venda do P60 Pro no Brasil, salientamos que este aparelho será comprado apenas por entusiastas da marca.
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