03 Outubro 2023
A Apple vem investindo cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de tela MicroLED. A intenção da empresa é ganhar autonomia e depender menos da Samsung Display, que atualmente produz a maioria das telas do iPhone e mantém a liderança no setor de OLED.
A Apple inclusive já projetou alguns dos equipamentos de produção, além de fazer parceria com a LG Display para substratos e wafers de silício da TSMC.
O MicroLED possui pixels iluminados individualmente, oferecendo os níveis de preto profundo e de alto contraste do OLED. Mas, ao contrário do OLED, não é um material orgânico, o que significa que não é suscetível a problemas como queimadura. Os painéis também serão mais finos e mais eficientes em termos energéticos. O tamanho em miniatura dos chips MicroLED também pode permitir que os monitores sejam combinados com outros sensores de forma mais eficaz, como scanners de impressão digital sob a tela de alta fidelidade, entre outros benefícios, como a adaptação em superfícies curvas ou dobráveis.
Vale lembrar que a tela geralmente é o componente individual mais caro de um iPhone. Por isso, há grandes oportunidades de economia de custos se a Apple puder possuir a própria tecnologia de exibição, em vez de depender da propriedade intelectual da Samsung.
No entanto, fabricar monitores de MicroLED é complexo e alguns desafios permanecem para aumentar a produção. O portal Nikkei diz que a tecnologia MicroLED da Apple ainda está na fase de amostras, com o objetivo de enviar MicroLED no Apple Watch até 2025. As instalações de pesquisa de MicroLED da empresa norte-americana estão nos EUA, em Taiwan e no Japão em um gasto inicial de US$ 1 bilhão.
É muito provável que o Apple Watch venha primeiro, pois é mais fácil fazer telas MicroLED em tamanhos menores. Mas a estimativa de especialistas é que a Apple obtenha esse sucesso dentro de cinco anos, quando estará pronta para fabricar telas MicroLED em massa em tamanhos de tela apropriados para uso em iPhones.
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