29 Julho 2024
A Rede Lucy Montoro, ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e gerida pela Secretaria de Saúde de São Paulo, adquiriu dois exoesqueletos para ajudar na reabilitação de pacientes com deficiências motoras severas, permitindo que fiquem em pé, andem, agachem e até subam degraus. As duas unidades saíram por cerca de US$ 200 mil, cerca de R$ 1 milhão.
O equipamento da empresa francesa Wandercraft foi testado na mês passado pela senadora Mara Gabrilli, que é tetraplégica desde 1994, nos EUA. O governo paulista firmou uma parceria para incentivar a pesquisa científica e tecnológica com exoesqueletos robóticos.
Não sou a mesma pessoa depois de testar esse equipamento! Nos últimos três dias estive em missão nos EUA, onde testei o Atalante, um exoesqueleto que funciona como um suporte para que pessoas com paralisia possam ficar de pé, se moverem multidirecionalmente e com braços livres. pic.twitter.com/1QzrtNKcVa
— Mara Gabrilli (@maragabrilli) April 27, 2023
As máquinas devem estar disponíveis a partir de julho para atender pacientes com paraplegia ou em processo de reabilitação após acidente vascular cerebral (AVC) na rede pública. Os aparelhos apelidados de Atalante podem ser usados por pessoas de até 90 kg e ajuda a manter o equilíbrio, dando segurança aos usuários, e usa a força do próprio corpo para dar conta dos movimentos.
"Os algoritmos de firmware e software são uma tecnologia inteligente que cria uma marcha cinemática ou fisiológica correta para pacientes com base em suas medições", diz Gary Viles, vice-presidente de operações comerciais da Wandercraft nas Américas, ao portal UOL Tilt.
Os registros ficam em um app onde é possível verificar a quantidade de passos, as vezes em que agacharam, tempo de uso e até qual perna necessitou de mais assistência. Ainda não disponível em larga escala, o objetivo é que os pacientes possam ter, algum dia, um exoesqueleto desse tipo em casa para ajudar nas tarefas diárias.
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