Economia e mercado 13 Jun
A Toyota é uma de várias montadoras de automóveis que estão descontentes com a Euro 7, uma nova norma que propõe a redução de emissões poluentes dos carros que circulam na Europa. Na quarta-feira (14), Matt Harrison, diretor de operações da fabricante japonesa no continente europeu, criticou as regras elaboradas pela Comissão Europeia.
“Acho que isso não beneficia ninguém, e essa é uma das questões em que há consenso entre a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis”, disse o executivo ao Automotive News Europe Congress 2023, uma conferência anual voltada para discussões acerca do mercado de automóveis da União Europeia.
O Euro 7 é um conjunto de normas que exigem um investimento das fabricantes de veículos para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio em 35% em relação ao exigido pelo Euro 6. A meta é que as montadoras alcancem essa redução de emissões em carros e vans até julho de 2025. As regras também valeriam para veículos pesados a partir de julho de 2027.
Assim como outras montadoras, a Toyota argumenta que é desnecessário impor custos adicionais entre 2025 e 2027 para atender aos requisitos do Euro 7, uma vez que as empresas já estão fazendo grandes investimentos a fim de cumprir suas metas para 2035, ano em que todos os veículos comercializados na Europa deverão ter zero emissões de CO2.
Harrison estima que a participação de marcado dos carros elétricos nas vendas da Toyota crescerá para 15% em 2025 e 55% em 2030 na Europa. Até 2035, a marca japonesa estará pronta para vender apenas veículos elétricos no continente, mas segundo o executo, ainda é cedo para falar sobre a produção local desses modelos no Velho Continente.
A expectativa é que a Toyota leve a produção local de carros elétricos movidos a bateria à Europa em meados da “segunda metade desta década”, conforme prevê o diretor de operações da marca. Além da montagem dos veículos, a empresa também espera produzir suas próprias baterias no continente europeu futuramente.
Para as questões atuais, Harrison espera que “algum pragmatismo prevaleça” na Comissão Europeia, e embora não acredite que a proposta do novo padrão será interrompida, o executivo acredita que “algo mais realista” possa ser elaborado pelas autoridades.
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