27 Setembro 2023
Atualmente, a produção de próteses de olhos é feita majoritariamente à mão. Dessa forma, a qualidade do produto depende da habilidade dos ocularistas. Pode levar mais de 24 horas ou mais para modelar e pintar uma prótese ocular.
Para agilizar e padronizar esse processo, um grupo de cientistas australianos está estudando uma tecnologia de digitalização 3D e fotos de alta resolução para realizar réplicas do olho existente de um paciente e imprimi-lo em 3D em apenas uma hora.
Essas peças são direcionadas a pessoas que sofreram algum acidente, tiveram câncer na região ou nasceram sem este órgão.
Após a impressão, o olho ainda precisa ser ajustado por um oculista habilidoso para obter uma precisão e acabamento perfeitos. Com essa tecnologia, ficaria mais fácil, por exemplo, reproduzir novamente um olho em caso de perda ou dano, e o backup certamente mais fácil de obter do que o feito artesanalmente.
O estudo em andamento envolve 10 pacientes e, caso seja bem-sucedido, um ensaio clínico maior pode ser o próximo. Para os mais preocupados, vale ressaltar que, mesmo com os avanços tecnológicos, o comércio ocular não deve se tornar totalmente obsoleto.
Para James Novak, pesquisador sênior do Herston Biofabrication Institute, nesse caso a máquina não substituirá o ser humano. O mesmo pensa Nicholas Puls, um ocularista da Queensland Health que faz e pinta olhos protéticos. Novak disse que uma abordagem híbrida que combina os melhores elementos do que uma impressora 3D e um ser humano podem fazer é a melhor opção para garantir praticidade e qualidade.
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