17 Outubro 2023
Atualização (17/07/2023) - GS
Desde que a Microsoft iniciou o processo de aquisição da Activision Blizzard, a Sony tem sido uma das maiores opositoras do negócio, usando Call of Duty como o maior argumento, alegando que caso a fusão fosse aprovada, a Microsoft poderia tornar a franquia exclusiva do ecossistema Xbox, o que certamente prejudicaria a PlayStation.
Embora a Microsoft tenha ofertado diversos acordos para tentar apaziguar a situação com a Sony, afirmando que manteriam a franquia no PlayStation por 10 anos com paridade técnica e de conteúdo, isso não foi o suficiente para impedir a empresa japonesa de seguir em frente com seus planos de tentar impedir a transação.
Com a recente derrota do órgão regulador norte-americano na Corte Federal, a Microsft agora só depende das investigações do regulador britânico para concluir a fusão, o que fez com que a Sony voltasse atrás em sua decisão e decidisse aceitar o acordo proposto pela Microsoft para manter Call of Duty no PlayStation.
No anúncio oficial do acordo, não ficou claro quais foram os termos do mesmo, mas o jornalista Tom Warren do The Verge conseguiu contato com representantes da Microsoft para esclarecer as dúvidas.
O acordo que a Microsoft ofereceu ao PlayStation em janeiro de 2022 teria mantido "todos os títulos de console da Activision existentes na Sony, incluindo versões futuras da franquia Call of Duty ou qualquer outra franquia atual da Activision até 31 de dezembro de 2027". Entretanto, Kari Perez, chefe de comunicações globais da Xbox, confirmou que o acordo assinado esta semana contempla apenas a franquia Call of Duty.
Além disso, o jornalista Stephen Totilo, do Axios, revelou que o novo acordo também abrange apenas um período de 10 anos, o que significa que, depois que o acordo expirar, a Microsoft pode tornar a franquia Call of Duty exclusiva de suas plataformas.
Sony has confirmed with me/Axios that PlayStation's Call of Duty deal with Microsoft (pending Activision purchase) is for 10 years
— Stephen Totilo (@stephentotilo) July 16, 2023
I'm looking forward to still being on this beat in 2033 and covering the next round of Nintendo, Nvidia and Sony contract negotiations for CoD) https://t.co/sdMuaccfNV
O novo acordo feito com a Sony é semelhante ao que foi feito com a Nintendo. Enquanto isso, os acordos fornecidos para empresas de jogos em nuvem como Nvidia e Boosteroid incluem outros jogos da Activision. Vale notar que jogos adicionais da Activision ainda podem ser lançados no PlayStation, mas a Microsoft não é obrigada em contrato a fazer isso.
É possível que algumas dessas decisões sejam tomadas caso a caso. Em algumas circunstâncias, pode fazer mais sentido para a Microsoft tornar esses jogos disponíveis em todas as plataformas, enquanto em outras, pode ser mais benéfico para eles permanecerem exclusivos do Xbox.
Texto original - 16/07/2023
Em meio a incertezas e avanços na aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, um acordo vai agradar aos jogadores dos consoles da Sony. De acordo com Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, no Twitter, as empresas chegaram num acordo para manter a franquia Call of Duty no Playstation mesmo com a megaoperação comercial.
O tratado, porém, não foi detalhado, mas pode se tratar de um acordo válido por 10 anos, como o que a Microsoft fez com a Nintendo e outros provedores de nuvem. Essa disputa já se estendia desde o início do ano passado, com o anúncio de que a Activision Blizzard poderia ser comprada.
We are pleased to announce that Microsoft and @PlayStation have signed a binding agreement to keep Call of Duty on PlayStation following the acquisition of Activision Blizzard. We look forward to a future where players globally have more choice to play their favorite games.
— Phil Spencer (@XboxP3) July 16, 2023
Nos últimos meses, a Sony reclamava para autoridades reguladoras que temia o futuro dos jogos, considerando que a Microsoft poderia torná-lo exclusivo das suas plataformas ou sabotá-lo em suas versões para os consoles da Sony.
A Microsoft sempre manteve a posição de que continuaria a disponibilizar o Call of Duty no PlayStation, justificando que não faria sentido financeiro remover o jogo dos consoles da Sony. O líder da equipe Xbox, Spencer, tentou resolver a controvérsia em novembro, antes de comparecer ao tribunal no mês passado e reafirmar, sob juramento, que o Call of Duty permanecerá no PlayStation 5.
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