Economia e mercado 21 Set
A LG anunciou a saída do mercado global de celulares em abril de 2021. Entretanto, uma pesquisa da Counterpoint Research aponta que ela não foi a única empresa a abandonar o setor nos últimos 6 anos. Na realidade, foram quase 500 fabricantes que deixaram de lançar celulares em todo o mundo desde 2017.
A pesquisa mostra que em 2017 mais de 500 fabricantes estavam no mercado, hoje somente existem menos de 250, uma redução de quase um terço. A maioria delas eram de países como Índia, Oriente Médio, África, China, Japão e Coreia do Sul, sendo fabricantes regionais.
Por outro lado, marcas globais mantiveram a sua consistência, pois mais de 30 continuam presentes em todo o mundo desde 2017, o que pode ser explicado pela ampla base de clientes e fluxo de vendas.
Dentre as razões para tantas marcas desistirem do mercado são a pandemia de coronavírus em 2020 e a escassez de suprimentos para fabricação de celulares nos anos seguintes.
Estas variantes fizeram com que muitas empresas menores não conseguissem competir com gigantes como Samsung, Apple, Lenovo e Xiaomi, pois o custo de peças para manufatura elevaram muito nos últimos anos e marcas menores nem sempre têm um caixa adequado para disputar fornecedores com fabricantes gigantes.
Estas mudanças no mercado também afetaram as vendas de celulares, pois com o aumento de preços, os consumidores procuraram por alternativas mais acessíveis com modelos recondicionados. A venda destes produtos cresceu 14%, enquanto o comércio de celulares novos aumentou apenas 5% em 2021.
Esta é uma tendência que continuou no ano seguinte, com a venda de aparelhos usados crescendo 5% e a de novos reduzindo 12%.
Infelizmente as estatísticas indicam que marcas menores devem se dissolver, abrindo mais espaço para gigantes da tecnologia, mas ainda há esperança para aquelas que desejem inovar com propostas diferenciadas como a Nothing e a Fairphone com designs diferenciados e celulares facilmente reparáveis.
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