Economia e mercado 03 Out
Atualização (04/10/2023) - HA
A Topco Scientific, UIS e L&K Engineering, todas empresas taiwanesas, foram acusadas de ajudar a Huawei no desenvolvimento de fábricas de wafer na China, apesar das sanções dos EUA. As duas primeiras negaram e enfatizaram sua adesão às regulamentações internacionais e às leis de Taiwan, segundo relatório da DigiTimes. A L&K Engineering ainda não comentou o assunto.
A Topco Scientific esclareceu a sua posição afirmando que as suas negociações com a PengXinWei, uma afiliada da Huawei, eram relacionadas a projetos de tratamento de águas residuais. A empresa enfatizou que se opõe ao fornecimento de materiais semicondutores à gigante da tecnologia.
Já a UIS, especializada em serviços de engenharia de construção para produtores de semicondutores, negou veementemente qualquer envolvimento direto com a Huawei. Ele destacou um contrato que sua subsidiária chinesa tinha com a SwaySure, com sede em Shenzhen, que se concentrava em um “projeto de modificação de interiores de plantas”.
A gigante da tecnologia apresentou recentemente seus novos smartphones Mate 60 Pro 5G equipados com SoC HiSilicon Kirin 9000s desenvolvido internamente, produzido pela SMIC (supostamente em violação das sanções dos EUA). O ramo de investimentos da Huawei financiou mais de 70 entidades chinesas de semicondutores, abrangendo vários setores, desde equipamentos até design de IC.
Texto original (03/10/2023)
Por mais que as sanções dos Estados Unidos impeçam a Huawei de ter contato com uma série de empresas ocidentais ou que façam negócio com tecnologia patenteada no país, companhias de Taiwan estão supostamente ajudando a chinesa.
Segundo informações levantadas pela Bloomberg, várias empresas de tecnologia com sede em Taiwan estão empenhadas em ajudar a Huawei a construir suas fábricas de chips no sul da China.
Essa é uma colaboração incomum que corre o risco de inflamar o sentimento de uma ilha democrática que lida com a crescente pressão de Pequim - diz a publicação.
Um exemplo de fábrica que tem contado com a ajuda taiwanesa é a unidade de Shenzhen. Ela começou a ser montada em agosto deste ano.
Conhecida como a casa da TSMC, a ilha de Taiwan tem uma série de empresas que trabalham na construção de fábricas e máquinas para a gigante dos chips. Atualmente, o principal temor dos EUA é de que essas companhias auxiliem a Huawei a violar suas sanções.
As empresas taiwanesas mencionadas no relatório são a subsidiária chinesa da L&K Eng., a Cica-Huntek Chemical Technology, a subsidiária chinesa da United Integrated Services Co., e outras pequenas empresas.
Por enquanto, como a operação dessas empresas com a Huawei está acontecendo de forma privada, ainda não é possível saber se tecnologia sancionada pelos EUA está sendo repassada para a chinesa.
Uma das empresas listadas é conhecida por dominar a tecnologia de gerenciamento de águas residuais, algo essencial para a produção de chips.
Até o momento, a Huawei e as empresas listadas não comentaram o assunto.
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