Segurança 18 Out
A SMIC e a Huawei estão produzindo chips em 7 nanômetros com o Kirin 9000s, desafiando toda e qualquer sanção dos Estados Unidos. Por isso, o ex-vice-presidente da TSMC, Burn J.Lin, acredita que dificilmente os americanos vão conseguir frear o avanço chinês para chips de 5 nanômetros.
Isso porque a SMIC já possui uma série de máquinas da ASML capazes de produzir chips dentro da nova litografia, sendo que a empresa demonstrou uma "notável resiliência e engenhosidade" ao desenvolver seu próprio processo de fabricação de chips.
Simplesmente não é possível para os EUA impedir completamente a China de melhorar a sua tecnologia de chips.
Em entrevista à Bloomberg, o ex-executivo da TSMC também disse que a SMIC muito provavelmente usou a ferramenta litográfica Twinscan NXT:2000i da ASML, que é um scanner de litografia ultravioleta profunda (DUV) que pode produzir chips em tecnologias de processo de classe de 7 nm e 5 nm.
Burn J. Lin ainda disse que a máquina que a SMIC possui é altamente capaz de produzir chips de 7 nanômetros em massa, mas é preciso algumas adaptações para que o processo avance para os 5 nm.
Para ele, o uso de padrões múltiplos é um processo mais difícil e que pode afetar o rendimento da produção, mas, ainda assim, a SMIC pode ser capaz de contornar esses problemas com facilidade.
Por isso, Burn J. Lin acredita que os EUA deveriam deixar as sanções de lado e focar na sua especialidade principal: a grande liderança no design de chips.
O que os EUA realmente deveriam fazer é concentrar-se em manter a sua liderança no design de chips, em vez de tentar limitar o progresso da China, o que é inútil, uma vez que a China está a adotar uma estratégia de nação unida para impulsionar a sua indústria de chips.
Além disso, o ex-executivo da TSMC reconheceu que as sanções dos EUA prejudicaram a empresa taiwanesa, uma vez que muitos fabricantes chineses foram impedidos de comprar seus chips.
Como opção, muitos buscaram na SMIC uma solução e isso acabou impulsionando a empresa chinesa. Logo, quanto mais as sanções avançam, mais a China busca se tornar independente de empresas estrangeiras no mercado de tecnologia ao desenvolver soluções proprietárias.
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