Economia e mercado 27 Out
O Linux está finalmente removendo o suporte de firmware da descontinuada linha de processadores “Itanium” da Intel, marcando o fim definitivo da família de hardware que dejxou de ser produzida há mais de três anos. A remoção dos códigos referentes aos chips ocorre a partir da versão 6.7 do kernel, conforme divulgado pelo site Phoronix.
Itanium foi a primeira linha de processadores para servidores e computadores de alto desempenho de 64 bits da Intel. Esses componentes eram baseados em uma arquitetura chamada de “IA-64”, desenvolvida com a HP, e estava inicialmente prevista para ser lançada em 1999, contudo, atrasos no projeto empurraram sua estreia para 2001.
A receita gerada com essa linha de produtos caiu desenfreadamente ao longo dos anos 2000. Um dos fatores que impediu seu sucesso comercial é o fato de que a arquitetura IA-64 não suportava programas legados baseados em x86.
As coisas pioraram em 2003 quando a AMD lançou a família Opteron — hoje sucedida pelo EPYC —, contando com uma arquitetura chamada de AMD64 (atualmente conhecida como x86-64), que se destacava por suportar instruções de 32 bits e 64 bits. A Intel se viu obrigada a anunciar a primeira geração da linha Xeon utilizando x86-64 em vez de IA-64.
Embora tenha caído em desuso com o tempo, as fabricantes continuaram depositando confiança nos processadores Itanium. No início da década passada, a HP chegou a tentar processar a Oracle por tentar abandonar suporte para os chips da linha, mesmo que estivessem praticamente obsoletos em termos de participação de mercado.
A Microsoft também dispensou manter suporte para os chips da linha no Windows. O único lançamento para consumidores que chegou a ver suporte para o Itanium foi a versão de 64 bits do Windows XP. Algumas edições do sistema operacional voltadas para servidores também eram compatíveis com IA-64, mas o suporte encerrou com o Windows Server 2008.
A Intel entregou a última geração final da linha Itanium em 2017 com o lançamento do Itanium 9700. Esses processadores deveriam ser baseados na litografia de 22 nanômetros e utilizar o soquete LGA2011, contudo, falhas no desenvolvimento levaram a fabricante a reutilizar o processo de 32 nanômetros e o soquete LGA1248.
Com o fim do suporte no Linux, servidores que ainda utilizam algum modelo da linha de processadores Itanium devem ser afetados com o fim definitivo de quaisquer atualizações para sistemas baseados na arquitetura IA-64.
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