Os jogos de luta modernos têm avançado consideravelmente em termos de acessibilidade, oferecendo opções inovadoras para diferentes necessidades. O "Street Fighter 6", por exemplo, inclui sinais de áudio para transmitir informações cruciais, enquanto "King of Fighters 15" permite ajustar o contraste entre personagens e fundo.

O novo "Tekken 8", previsto para este mês, oferece opções de visão de cores, incluindo um modo em preto e branco com formas simplificadas, específico para daltonismo. Só que há alguns avisos em relação a esses modos de jogo que incluem adversidades como enxaquecas, vertigens e até convulsões.

Especialistas da área criticaram a medida. Morgan Baker, líder de acessibilidade da Electronic Arts, pediu para não ser marcada em vídeos com esses filtros, pois já haviam causado enxaquecas.

Ian Hamilton, consultor de acessibilidade, criticou a abordagem baseada em engenharia para desafios de design mais amplos e destacou relatos de enxaquecas e náuseas. James Berg, gerente de projetos de acessibilidade da Xbox Game Studios, explicou os problemas causados pelo movimento de linhas sólidas em vídeos, destacando a sensibilidade humana a flashes de alta frequência.

Katsuhiro Harada, chefe dos jogos Tekken, respondeu às críticas afirmando que sua equipe desenvolveu diversas opções de visão colorida, não apenas um modo daltonismo. Ele enfatizou que estão em constante pesquisa e pretendem expandir essas opções no futuro, tendo trabalhado com institutos de pesquisa e comunidades desde a "versão de acessibilidade não vendida do Tekken 7".