O Pix não para de bater recordes de movimentações a cada ano que passa. Com 143 milhões de pessoas físicas cadastradas, o método de pagamento atingiu R$ 15,3 trilhões de transações no ano de 2023, superando com facilidade os R$ 10,9 trilhões do ano de 2022 e os R$ 5,2 trilhões registrados no ano anterior.

A ideia do Banco Central, então, é implementar ainda mais funcionalidades para a modalidade, que deve receber a possibilidade de fazer pagamentos automáticos para despesas de casa e serviços de streaming. Recentemente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou sobre aproximar a trilha do Pix a do cartão de crédito.

Rafael Guazelli é advogado especialista em direito bancário e falou sobre os possíveis impactos do lançamento do Pix Automático:

Essa utilidade irá substituir o débito automático de contas recorrentes e com periodicidade definida. Isso pode fazer com que o DDA (Débito Direto Autorizado) e o débito automático percam espaço.

Inicialmente, a medida estava com lançamento previsto para 2023, mas o BC adiou para o final deste ano. A justificativa se dá pela complexidade do novo produto e o tempo necessário para desenvolver o papel de cada um dos participantes. Luciano Bravo é CEO da empresa Inteligência Comercial e também comentou sobre a nova funcionalidade:

Das novidades de 2024 a mais avançada é do Pix automático, pois ele trará mais flexibilidades aos usuários. Há também o Pix internacional, mas as principais dificuldades incluem o câmbio entre países, sistematização e parametrização dos usuários e a verificação de informações em tempo real

De volta aos números, o Pix fecha o ano de 2023 com 13,3 milhões de empresas cadastradas, bem como 43 milhões de pessoas físicas. O formato de pagamentos instantâneo foi sucesso até em lojas como a Shopee e, segundo o conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, Adriano Marrocos:

O anúncio das novas funcionalidades tende a permitir ainda mais a adesão do brasileiro ao Pix. No entanto, ainda podemos ver uma dificuldade maior das pessoas jurídicas na utilização do pix, preferindo ainda a TED, boleto e o cartão. Talvez um dos motivos seja a imposição de tarifa às pessoas jurídicas