Economia e mercado 24 Jan
Na manhã desta terça-feira (6), a IDC Brasil realizou uma conferência com jornalistas, para apresentar as suas previsões para este ano de 2024, dentro do segmento de TI e de Inteligência Artificial.
De acordo com a companhia, as soluções de IA generativa vão começar a gerar valor para as empresas que estiverem prontas no Brasil a partir de 2024. Os dados mostram que mais de 90% das empresas de grande porte já possuem algum caso de uso habilitado para Inteligência Artificial.
No caso da IA generativa, o desafio do momento está em costurar fontes de dados, governança, processos e objetivos de negócio para gerar valor de maneira efetiva, seja para clientes internos ou externos. Isso porque várias companhias ainda não possuem uma cultura de dados estabelecida, para se inserir nos modelos desse segmento.
Além disso, para 37% das organizações entrevistadas pela IDC, o principal obstáculo consiste em garantir a segurança e a inviolabilidade dos dados usados para alimentar os modelos.
Dentro desse cenário, o impacto para TI e negócios consiste na maior difusão de uma estratégia de dados, enquanto será necessário explorar um ecossistema de tecnologias para identificar os elementos corretos para uma solução habilitada por GenAI.
Além disso, a expectativa para o mercado é de mais do que o dobro dos gastos com IA generativa em 2024, com uma perspectiva de algo próximo a US$ 120 milhões. Já os serviços relacionados à essa tecnologia e à IA de maneira geral deverão ultrapassar os US$ 459 milhões no ano.
Outra previsão da IDC mostra que haverá a presença de mais IA embarcada nos dispositivos, o que motivará a atualização da base de produtos instalada no segmento corporativo.
Na prática, essa Inteligência Artificial se mostrará mais presente com integração de assistentes pessoais aos teclados de notebooks, melhor gerenciamento de bateria de produtos portáteis e gerenciamento de atributos de segurança dos dispositivos.
Além de benefícios, como fotos melhoradas em smartphones, maior autonomia e segurança em tablets, mais performance em notebooks, melhor qualidade de documentos e menor consumo de tinta ou toner em impressores, e inovação em ambiente industrial em realidade virtual e aumentada.
Contudo, a estimativa da IDC é que os dispositivos com IA embarcada sejam impulsionadores de vendas apenas a partir de 2026. Para 2024, são esperadas novas linhas de aparelhos com algum tipo de IA, inclusive em produtos de entrada.
Já a previsão para o mercado de dispositivos indica uma continuidade de desafios neste ano, mesmo após um 2023 de forte desaceleração. Neste ponto, há influências externas – com os produtos mais caros, em meio às disputadas comerciais entre EUA e China – e internas – pelas incertezas no varejo e diminuição da frequência de atualização ou substituição dos dispositivos pelas pessoas.
O resultado seria uma estagnação no total de vendas para o consumidor final, bem como um volume expressivo de produtos ilegais comercializados no país – o chamado “mercado cinza”. Por outro lado, há expectativas voltadas a compras federais e estaduais em ano de eleições municipais, inclusive para educação. Já o segmento corporativo deverá realizar compras e atualizações de maneira programada.
As perspectivas neste sentido são de uma somatória de US$ 17,4 bilhões em 2024, para o mercado brasileiros de dispositivos. A quantia significa uma queda de 0,3% sobre o valor ajustado de 2023. Os smartphones vão liderar, com US$ 9,8 bilhões, seguidos por computadores (US$ 4,9 bilhões), wearables (US$ 698 milhões), impressoras (US$ 569 milhões) e tablets (US$ 577 milhões).
Outra previsão consiste na chegada de novas verticais de negócios e ampliação a mais empresas das chamadas redes privativas. A modalidade impulsiona a oferta dos provedores de serviço, os quais geram novas receitas com uma nova oferta, buscam monetizar os investimentos feitos na implantação do 5G e miram longos contratos com clientes.
Enquanto isso, a adoção de redes móveis privativas para as empresas se torna atrativa devido a alguns fatores, como o endereçamento de necessidades de design e parâmetros específicos, da possibilidade de customização – como em missão crítica – para maior controle e segurança, além da contratação de um novo modelo de negócios.
Os impactos aqui se tratam de um aumento da educação sobre o tema, visto que apenas 6% dos líderes de TI das companhias possuem conhecimento profundo em redes móveis privativas, mesmo que 48% deles já foram abordados pelo assunto.
Para mais da metade das empresas, o uso de redes privativas tem como principais fatores o aumento do desempenho, a ampliação de recursos de segurança, a gestão da rede e o alcance da conectividade em áreas não atendidas.
Qual é a sua avaliação sobre as previsões da IDC Brasil nos mais variados segmentos de tecnologia? Comente conosco!
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