A Meizu, fabricante chinesa de dispositivos eletrônicos, anunciou uma nova estratégia que pode mudar completamente seu portfólio de celulares. Em conferência realizada no último domingo (18), a empresa revelou que passará a investir em novas experiências baseadas em inteligência artificial e deixará de realizar projetos de “smartphones tradicionais”.

O evento em questão, intitulado de “All in AI”, contou com a apresentação de Ziyu Shen, CEO da Meizu. O líder da empresa traçou uma meta que prevê a reformulação de vários produtos e serviços — incluindo o FlymeOS, sistema operacional dos celulares da marca — com tecnologias de inteligência artificial nos próximos três anos.

A fabricante revelou que desenvolverá novos dispositivos e um sistema operacional personalizado que estará aberto a todos os modelos de linguagem grande, isto é, a mesma tecnologia utilizada em inteligência artificial generativa — como o ChatGPT, Google Gemini e Microsoft Copilot, que são alguns dos mais populares serviços do ramo.

“A Meizu construirá um ecossistema para abrir totalmente seus dispositivos de inteligência artificial aos principais fornecedores globais de modelos de linguagem grande, incluindo OpenAI, para promover conjuntamente a inovação e o desenvolvimento de IA”, disse a empresa, apontando para uma eventual parceria com a dona do ChatGPT.

Inteligência artificial é a tecnologia que está no centro dos novos celulares, tablets, notebooks e outros dispositivos que fazem parte do cotidiano das pessoas. Uma das empresas que mais investem na ampliação desses recursos é a Samsung, mas também é possível encontrar ferramentas de IA em vários celulares avançados da Honor e Xiaomi.

Cabe lembrar que, em novembro de 2023, o Meizu 21 chegou ao mercado equipado com o “Aicy”, um assistente virtual baseado em inteligência artificial. Esse serviço é alimentado pelo GPT, um modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI, o mesmo utilizado no ChatGPT. Esse movimento representa a primeira incursão da Meizu no campo da IA.

Embora a Meizu ainda não tenha detalhado completamente seus planos para os próximos três anos, espera-se que os primeiros resultados de sua nova estratégia comecem a surgir a partir de 2024. Isso ocorre em meio às crescentes expectativas de um mercado cada vez mais competitivo, impulsionado por dispositivos habilitados para inteligência artificial.