Segurança 21 Jul
O governo dos Estados Unidos deve expandir o seu poder global no mercado de semicondutores ao usar a conhecida "regra de Produto Estrangeiro Direto" (FDPR).
Segundo a Reuters, membros do governo Biden já trabalham na versão final do texto que deve dar a Casa Branca o poder de limitar a venda de equipamentos de chips para os chineses de forma unilateral.
Na prática, mesmo que as empresas queiram negociar, o governo americano terá poder para assumir o controle e negar a venda de máquinas de chips avançadas.
No entanto, por mais que essa seja a sanção mais poderosa contra a China, a pressão dos aliados deve fazer com que empresas da Holanda, Japão e Coreia do Sul fiquem de fora da FDPR.
Ou seja, ainda haverá brechas para que a ASML, Samsung ou a Tokyo Electron possam vender algumas máquinas para fabricantes de chips de origem chinesa.
Ainda assim, empresas de países como Israel, Taiwan, Cingapura e Malásia terão seus laços com a China cortados totalmente, algo que levanta preocupação quanto a TSMC.
Isso porque, apesar de não produzir máquinas de chips, a empresa é responsável pela venda de semicondutores avançados e nada impede os EUA de usar a FDPR para cortar as exportações para a China continental.
Por enquanto, integrantes da administração Biden não comentam o assunto.
Por outro lado, um porta-voz do governo chinês protestou.
Os EUA estão coagindo outros países a suprimir a indústria de semicondutores da China. Isso prejudica o comércio global. A contenção e a supressão não podem impedir o desenvolvimento da China, mas apenas aumentarão a determinação e a capacidade da China de desenvolver sua autossuficiência científica e tecnológica.
Em outra frente, fontes dizem que o governo americano quer atualizar a FDPR para incluir até mesmo produtos finais que possuam chips com tecnologia dos EUA na sua fabricação. Isso fecharia a "última brecha" da regra.
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