Acessórios 25 Jun
Atualização (07/08/2024) - GS
Há alguns dias, a Logitech causou polêmica ao anunciar um projeto de "mouse permanente", onde os usuários pagariam uma assinatura mensal para manter um periférico vitalício e com novas atualizações de software. Ao que parece, a ideia não foi muito bem vista, o que fez com que a fabricante desistisse dela.
Ao que parece, a ideia de comprar um mouse e ainda realizar pagamentos mensais era apenas um "vislumbre" da Logitech para o futuro. Em um comunicado enviado à imprensa, a empresa disse que não possui planos de concretizar essa visão e que manterá seu modelo de negócios atual, em que você paga uma vez e leva o dispositivo para casa sem nenhum custo adicional.
Hanneke Faber, CEO da Logitech, sugeriu essa ideia de "mouse permanente" em uma entrevista com o The Verge, insicando que o conceito de pagar para ter atualizações constantes de um item era similar à compra de um item de luxo.
Depois da publicação, a Logitech voltou atrás. Um representante da emprese enviou a seguinte declaração ao PCWorld:
Não existem planos para um mouse por assinatura. O mouse perpétuo não é um produto que está sendo planejado, mas um pensamento interno para possibilidades do futuro para algo mais sustentável no consumo de eletrônicos.
Por mais que a sustentabilidade a longo prazo seja uma visão que muitas fabricantes estão adotando, parece que os consumidores não estão interessados em comprarem um item e não serem donos dele, tendo que pagar constantemente para mantê-lo em seu setup.
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Texto original - 31/07/2024
A Logitech, uma das principais fabricantes de periféricos e acessórios para computadores, comentou sobre um projeto completamente fora do habitual: mouse por assinatura, um modelo de negócio em que o cliente desembolsaria um valor mensal para ter um mouse que “dura para sempre” e até mesmo receberia atualizações de software contínuas.
Por enquanto, a ideia é apenas um conceito, mas parece estar bem elaborada nos projetos da equipe de inovação da Logitech. Em entrevista concedida ao The Verge na segunda-feira (29), Hanneke Faber, CEO da Logitech, comentou sobre o assunto afirmando que esta é “uma das coisas que gostaria de abordar” no futuro.
Um dos membros do centro de inovação da empresa suíça comparou a ideia de um “mouse eterno” com um relógio duradouro, conforme relatado por Faber.
“É um bom relógio, não é muito caro, e não estou planejando jogá-lo fora nunca. Então, não haveria por que jogar meu mouse ou teclado fora se ele tem uma qualidade fantástica, é bem projetado e habilitado por software”, disse a executiva.
Para atrair o público, o acessório teria uma grande variedade de recursos baseados em software e um design atrativo, além de receber constantes atualizações. No entanto, a executiva não comenta sobre quais mudanças seriam empregadas no nível do hardware para que um mouse tivesse a durabilidade necessária para ser “eterno”.
A viabilidade de um mouse duradoura também dependeria da atratividade dos preços. Mouses convencionais da Logitech podem ser encontrado nas lojas custando entre R$ 30 (mais básicos) e R$ 1.000 (mais poderosos) — obviamente existindo uma grande variedade de opções com recursos voltados aos mais diferentes tipos de consumidores.
Faber reconhece que o modelo de negócios operado sobre esse mouse poderia ser um desafio, considerando que um produto com vida útil muito longa poderia afetar as vendas da empresa. É a partir dessa questão que surgiu a ideia de empregar um serviço de assinatura, que seria uma maneira de assegurar o faturamento da Logitech.
Assinaturas são um modelo de negócio utilizado por várias empresas com o objetivo de ter uma fonte de receita segura. Exemplos são os softwares de produtividade da Microsoft — como o Microsoft Word, Excel e PowerPoint — e as próprias ferramentas para videoconferências oferecidas pela Logitech.
A empresa ainda não divulgou planos reais para lançar um mouse por assinatura, portanto, tudo ainda é baseado em conceitos por parte de uma equipe de inovação.
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