Segurança 21 Ago
Atualização (29/08/24) - JB
Os trabalhadores dos Correios encerraram a greve na última quinta-feira (22) e, nesta semana, a categoria concordou com o reajuste salarial proposto pela estatal.
Conforme o sindicato, a paralisação durou 16 dias e o fim dela foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), sendo que, no acordo, os Correios concordam em antecipar a primeira parcela do "vale-peru" de R$ 1.000 na folha de pagamento de setembro.
Além disso, a segunda parcela de R$ 1.500 será paga até o quinto dia útil de janeiro de 2025, sendo que os Correios ainda ofereceram um reajuste de R$ 260 para os funcionários que recebem até R$ 6.326 em valor bruto.
Já aquelas remunerações acima desse valor, ganham 4,11% de aumento a partir de janeiro de 2025.
O acordo firmado entre os Correios e os trabalhadores ainda prevê que não haverá desconto de salário dos dias paralisados, mas a categoria deve fazer a compensação da jornada até que o serviço acumulado seja normalizado.
No entanto, ainda ficou pendente de acordo o tamanho do desconto da coparticipação do plano de saúde, algo que é uma das principais reivindicações dos trabalhadores.
Por isso, os Correios, o TST e categoria devem estudar soluções e apresentar um relatório final sobre o tema em 60 dias.
Atualização (13/08/24) - JB
Em novo comunicado divulgado ao público, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT) confirmou que a categoria segue em greve.
Segundo a entidade, cerca de 70% dos funcionários dos Correios nos estados já aprovaram a paralisação em busca de redução do custo do plano de saúde, reajuste salarial imediato e melhorias nos benefícios oferecidos pela estatal.
Além disso, o sindicato também destacou que os trabalhadores recusaram a primeira proposta da empresa, que prometia um aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 e de 4,11% nos benefícios a partir de agosto deste ano.
Por outro lado, os Correios afirmam que cerca de 92% do seu efetivo segue trabalhando, sendo que todas as agências estão abertas e as entregas sendo realizadas diariamente.
Para isso, a empresa adotou medidas de remanejamento de funcionários e acionamento de horas extras para que o fluxo postal e de entregas siga acontecendo normalmente.
Por ora, não há previsão para que uma nova proposta dos Correios seja realizada aos trabalhadores.
Texto original (09/08/24)
Os trabalhadores dos Correios aprovaram greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (8). Com isso, participam da paralisação carteiros, motoristas e até mesmo trabalhadores das áreas de tratamento e atendimento.
Conforme explica a Federação Interestadual dos Sindicados dos Trabalhadores dos Correios (Findect), nove estados fazem parte da paralisação.
- São Paulo
- Alagoas
- Rio de Janeiro
- Ceará
- Maranhão
- Paraná
- Piauí
- Rio Grande do Sul
- Tocantis
Já os Correios afirmam que todas as agências estão abertas e os serviços seguem disponíveis para a população, uma vez que a empresa está adotando medidas de contingenciamento.
Durante a paralisação dos funcionários, os Correios devem remanejar profissionais e usar horas extras para cobrir as ausências "pontuais".
Comentando a greve para a Folha, Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect, ressaltou que os trabalhadores exigem uma redução da coparticipação no plano de saúde.
Além disso, a categoria deseja um reajuste salarial pela inflação e um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda neste ano.
Por outro lado, os Correios dizem que foi proposto um reajuste de 6,05% nos salários a partir de 2025 e mais 4,11% a partir deste mês, bem como um aumento de 20% para motoristas e motociclistas.
A estatal também ressalta que há previsão de redução da coparticipação no plano de saúde de 30% para 15% e que está fazendo um concurso público para atender a demanda por mais trabalhadores.
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