Economia e mercado 03 Out
Atualização (13/10/24) - JB
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo deve decidir a volta do horário de verão em reunião na próxima terça-feira (15).
Além disso, o ministro também destacou que a maior importância do horário de verão no Brasil é entre os dias 15 de outubro a 30 de novembro, sendo que, para ele, o assunto não deve ser tratado como "questão ideológica".
Temos energias firmes para segurar o sistema. O Brasil é um país que graças a Deus e graças ao presidente Lula, em seus primeiros mandatos, fez Belo Monte, Santo Antônio, usinas hidrelétricas que seguram o sistema. Se não fossem elas dependeríamos muito mais das térmicas, o que custaria muito mais caro.
O ministro ainda disse que estuda com a área técnica a necessidade da volta do horário de verão, mas tudo com planejamento para que ninguém seja pego de surpresa.
Se for agora, tem que ser de imediato para que setores se planejem. Se for decretado, não pega a eleição. Se ele for decretado, tem que ter no mínimo 20 dias para que os setores se planejem, como o aéreo e a segurança pública.
Por fim, Silveira disse que o assunto será debatido com o presidente Lula de forma técnica na terça-feira.
Se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser o horário de verão.
O horário de verão foi extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019, mas o ministério de Minas e Energia defende a volta porque ele reduz o uso de energia no horário de pico, tirando a necessidade de acionar usinas térmicas mais caras.
Atualização (20/09/24) - JB
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, enviou uma recomendação formal para que o governo federal retome o horário de verão no Brasil.
Em reunião realizada ontem (19), o CMSE e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicaram que a medida é necessária para evitar o estresse das redes de transmissão.
Comentando a recomendação, o ministro Alexandre Silveira disse que a decisão dos órgãos foi puramente técnica, uma vez que o Brasil está passando por uma seca histórica nas principais bacias hidrográficas.
Foi recomendado pelo ONS e aprovado pelo CMSE o indicativo de que é prudente e viável voltar com o horário de verão e que seria um instrumento apontado como importante. Então, estamos indicando a necessidade de decretação do horário de verão.
O ministro também garantiu que não deve faltar energia no Brasil, sendo que "a palavra final" sobre o assunto agora cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Silveira ainda disse que conversou com Lula sobre o assunto e o Planalto informou que deve tomar uma decisão em até 10 dias, uma vez que basta um decreto presidencial para a retomada do horário de verão.
Hoje, não temos problemas na geração de energia, mas temos um momento do dia, entre 18h e 21h, que temos que despachar quase na totalidade o nosso parque térmico. E isso custa mais e estressa o sistema. Então, temos que considerar a economia para o consumidor e a confiabilidade do sistema.
O ministro prometeu para a imprensa que o ministério também tem estudado outras medidas que possam ajudar a enfrentar a escassez hídrica e os seus impactos na produção de energia.
Atualização (17/09/24) - JB
O Ministério de Minas e Energia deve propor oficialmente ao governo federal a volta do horário de verão como forma de diminuir a pressão no sistema elétrico diante do agravamento da seca.
Conforme o ministro Alexandre Silveira, a decisão final deve caber ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo que a equipe técnica do ministério está fechando a proposta.
Para a rádio Itatiaia, Silveira disse:
O horário de verão passa a ser uma realidade muito premente. Temos que aumentar a segurança do Sistema Interligado Nacional e planejar 2025.
O ministro também deixou claro que, caso aprovado pelo presidente, o horário de verão só deve voltar em 2025:
Não temos tempo para decretar no curto prazo, mas temos um bom tempo para planejar o início do horário de verão. E, se for acontecer, vai ser de forma muito planejada.
Silveira também salientou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) deve se reunir ainda hoje para debater não apenas o horário de verão, mas também outras medidas que possam preservar a segurança do sistema diante do baixo nível de água em muitos reservatórios de hidroelétricas.
Texto original (12/09/24)
O governo brasileiro estuda a volta do horário de verão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a medida está sendo pensada para auxiliar na manutenção do preço da energia.
Isso porque a escassez de chuvas, a elevação da temperatura e o agravamento da seca em várias partes do país tem feito o setor elétrico usar mais energia gerada por usinas termoelétricas e isso encarece a conta de luz.
Quando há qualquer possibilidade que aponte um caminho de uma solução para a modicidade tarifária e para a segurança do setor, é importante ser avaliada. Então, nós estamos na fase de avaliação da necessidade ou não de horário de verão.
Ainda assim, o ministro salientou que não há risco de falta de energia no país, mesmo com os níveis dos reservatórios reduzindo até o fim de novembro.
Comentando o assunto, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que a volta do horário de verão é uma "boa alternativa" para tirar a pressão do setor elétrico.
Não vai faltar energia, mas nós precisamos todos ajudar. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para você poupar energia. Campanha para você economizar energia [é outra alternativa], você procurar desperdício. Ajuda também. Você tem várias alternativas.
O vice-presidente também disse que o governo tem estudado as "consequências" da volta do horário de verão, uma vez que ele tem influência no setor aéreo, nas operadoras de telefonia e na rotina de muitos trabalhadores.
Isso sem falar dos transtornos com a mudança automática em alguns smartphones, algo que já aconteceu muito no passado.
Por enquanto, o governo ainda não tem uma decisão final sobre a volta do horário de verão, mas ele é adotado em vários países do mundo para economizar energia elétrica "no horário de pico".
Isso porque as empresas encerram suas atividades com a luz do dia ainda presente, evitando a ligação de diversos equipamentos quando é acionada a iluminação noturna.
No Brasil, o horário de versão foi extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019.
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