Segurança 07 Nov
A China deve acelerar seus planos de autossuficiência no mercado de semicondutores após o retorno de Donald Trump ao comando dos Estados Unidos.
Além disso, as indústrias do país tem se preparado para mais quatro anos de briga feroz com o novo presidente. Para isso, os chineses aumentaram a compra de equipamentos para a fabricação de chips e tem buscado a contratação de talentos estrangeiros.
Outra estratégia relatada por analistas de mercado envolve uma aliança com países e empresas que podem ser prejudicadas pelas futuras políticas anti-importação de Trump.
Durante o seu primeiro mandato, Trump perseguiu Huawei e ZTE, inserindo as empresas dentro das sanções dos EUA e impedindo a compra de equipamentos 5G por operadoras de todos os países aliados.
Por conta disso, a Huawei acabou tomando um caminho de total independência de peças ocidentais e isso pode ajudar a indústria chinesa neste segundo mandato de Trump.
Na visão de muitos analistas, a China de 2024 não é a China de 2019 e o país está muito mais preparado para "andar sozinho" no mercado de tecnologia.
Comentando o assunto, Zhu Jing, vice-secretário-geral da Associação da Indústria de Semicondutores de Pequim, orientou os fabricantes chineses a se expandirem globalmente.
Jing prevê que os EUA sob Trump podem voltar a uma posição mais isolacionista, fazendo com que a coordenação com Holanda e Japão fique estremecida.
Depois que Trump assumir o cargo, é possível que haja alguns benefícios para o desenvolvimento do setor de semicondutores da China em termos de talentos profissionais, empresas multinacionais e cooperação estrangeira. Recomendo que nos adaptemos à nova situação e às mudanças em tempo hábil.
Por enquanto, Trump ainda não deu detalhes sobre a sua estratégia contra a China, mas ele ameaçou impor uma tarifa de 60% sob todas as importações chinesas.
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