Tech 28 Nov
Uma queixa movida por alguns desenvolvedores de jogos independentes contra a Valve por conta da comissão cobrada no Steam acaba de se transformar em uma ação coletiva, possivelmente envolvendo todos os desenvolvedores norte-americanos que venderam algum software na plataforma, assim como todos os usuários que os compraram, desde 2017.
Em 2021, uma queixa movida pelo Wolfire Games, um estúdio pequeno e independente, acusou a Steam de abusar de seu poder de dominânica absoluta na distribução digital de jogos para PC para impor altas comissões aos desenvolvedores. Segundo o queixoso, a plataforma cobra 30% de cada venda até 10 milhões de dólares de receita, que cai para 25% até 50 milhões, e se fixa em 20% a partir de 50 milhões.
A Valve também foi acusada de inflar artificialmente o preço dos jogos, e de pressionar os desenvolvedores a não venderem o mesmo jogo a preços mais baixos em lojas concorrentes com comissões menores. A ação já foi rejeitada em 2021: basicamente, os juízes disseram que a acusação não tinha argumentos fortes o bastante e deram a Wolfire um mês para apresentar outra queixa.
Wolfire decidiu então unir forças com a Dark Catt, empresa especializada na criação de conteúdo VR. A partir disso chegamos ao processo atual, quando, de acordo com o GameIndustry.biz, os juízes concederam o status de ação coletiva e rejeitaram a moção da Valve para remover o economista Steven Schwartz da lista de testemunhas de acusação.
Caso os desenvolvedores ganhem a causa, a Valve deverá muito dinheiro a muitas entidades, ma podemos ter certeza de que um processo como este deve se arrastar por muitos anos, supondo que as duas partes não cheguem um acordo extrajudicial.
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