Economia e mercado 06 Dez
Após os estados decidirem aprovar um aumento na alíquota de ICMS de 17% para 20%, Shein e AliExpress lamentaram a decisão, uma vez que os consumidores brasileiros "já pagam uma alta carga de tributos".
Comentando o assunto, a Shein disse que, caso a alíquota máxima seja aplicada, a carga tributária pode chegar a 50%.
Um vestido que hoje custa R$ 100 e tem carga tributária total de R$ 44,50, com o valor final de compra de R$ 144,50, poderá passar a custar R$ 150, caso a alíquota máxima seja aplicada.
A Shein também disse que a medida penaliza principalmente os mais pobres, uma vez que as classes C, D e E representam, aproximadamente, 88% dos 50 milhões de consumidores da companhia no Brasil.
Para "contornar" o problema, a Shein garante que vai seguir apostando na venda de produtos nacionais a preços acessíveis.
Apesar do impacto desse aumento sobre as operações internacionais, o foco permanece em iniciativas locais, incluindo o apoio a parceiros e produtores nacionais, além do fortalecimento do marketplace. Essas ações refletem o compromisso da Shein de longo prazo com o desenvolvimento econômico do Brasil e com a diversidade de necessidades dos consumidores.
Já o AliExpress também lamentou o aumento de impostos e citou o estudo da Receita Federal, que mostrou uma queda de 40% nas importações após a criação da "taxa das blusinhas".
Essa medida, somada ao aumento de agosto que já havia dobrado os impostos sobre produtos abaixo de US$ 50, impactará diretamente os consumidores brasileiros, já sobrecarregados pelas maiores tarifas de importação do mundo.
Por mais que empresas internacionais e consumidores reclamem publicamente, o conselho de secretários estaduais diz que a nova alíquota de ICMS busca "alinhar" o tratamento tributário aplicado às importações ao praticado para os bens vendidos no mercado interno.
Cabe lembrar que essa nova alíquota deve começar a valer a partir do dia 1º de abril de 2025, sendo que as Assembleias Legislativas de alguns estados ainda precisam votar a medida.
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