23 Outubro 2017
Após uma reunião entre representantes da Microsoft e integrantes do Governo, que ocorreu de portas fechadas sem a presença da imprensa, o software livre dará adeus aos órgãos governamentais.
De acordo com a reportagem do Convergência Digital, até o dia 11 de novembro todos os órgãos parte do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) deverão ter apresentado interesse na compra de produtos da Microsoft, incluindo o pacote Office, o Windows Professional, Windows Server, entre outros.
Essa decisão veio logo após o anúncio de que a companha de Redmond escolheu Brasília como sede do Centro de Transparência, em um acordo no qual será oferecido segurança cibernética em troca de informações dos governos da América Latina a respeito de ataques virtuais. Participaram da reunião com a empresa políticos como o ministro da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).
Ainda não se sabe quais serão os gastos que o governo está disposto a encarar para substituir as soluções de software livre por produtos da Microsoft. No entanto, a decisão pode significar o fim do software livre nas instituições governamentais, e com isso a queda do incentivo ao desenvolvimento de produtos locais e da economia aos cofres públicos.
John ‘Maddog’ Hall, diretor-executivo da Linux Internacional Foundation, afirmou em um evento na última semana que o país gasta mais de R$ 3,7 bilhões para pagar licenças de softwares desenvolvidos em outros países. De acordo com a Controladoria Geral da União o Portal do Software Público (PSP) poderia economizar R$ 600 milhões nesse setor com o software livre, porém isso não ocorreu devido a falhas de implementação.
Essa é a primeira vez após as gestões do PT que o governo federal adquire softwares proprietários da Microsoft de maneira tão abrangente.
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