Motorola 15 Nov
O TudoCelular já mostrou os resultados do Motorola One em desempenho e autonomia com o Android Oreo. Logo de concluídos os nossos testes, o dispositivo recebeu a atualização para o Android Pie. Assim, voltamos ao aparelho para refazer as provas e ver se algo mudou.
E isso, claro, inclui nossa simulação de uso real da bateria. Para quem não sabe como funciona, está tudo explicado ali embaixo. Com o Oreo, o aparelho da Motorola chegou perto das 17 horas de uso, que é um tempo muito bom neste teste bastante exigente.
Será que esse tempo aumenta, reduz ou fica igual? E o desempenho, será que é afetado de alguma maneira, seja positiva ou negativa? Vamos ver os resultados dos testes e comparar com o que vimos antes.
Nossa simulação de uso real teve um resultado bastante diferente após a atualização para o Android Pie, em comparação com o que vimos antes dela. Da primeira vez que fizemos esse teste, o Motorola One aguentou mais de 14 horas. Desta vez, foram exatamente quatro horas a menos.
O Android Pie demora um tempo para otimizar o uso conforme cada usuário, mas é difícil imaginar que a inteligência artificial consiga aumentar em quatro horas o tempo de uso.
O tempo em reprodução de vídeo caiu em quase uma hora com o Android Pie. Mas nos outros dois testes, de gravação de vídeos e de videochamadas, a diferença foi pequena, ficando dentro da margem de erro. É, não dá para dizer que há perda de autonomia por esses testes.
O que parece é que, ao menos nos primeiros dias, você vai carregar seu Motorola One bem antes do que estava acostumado. Mas essa diferença deve diminuir bastante ao longo da primeira semana após o update.
Por fim, o tempo de recarga. Não houve nenhuma mudança significativa, ficando ainda em cerca de uma hora e meia a uma hora e quarenta minutos para fazer a carga de zero até cem por cento. Com uma hora na tomada, você tem 77% de carga no Moto One.
O teste que chamamos de simulação de uso real é padronizado. Temos uma lista de aplicativos que englobam a maior parte dos tipos de uso de um smartphone no dia a dia. Cada um tem um tempo de uso cronometrado em cada ciclo, e cada ciclo é realizado com um intervalo de aproximadamente meia hora entre um e outro.
Eis os apps e tempos de uso:
- 6 minutos de uso (cada) - WhatsApp, Youtube, MX Player, Spotify, PowerAmp (música offline) e Chrome;
- 1 minuto (cada) - Pokémon Go, Asphalt 8, Subway Surfers, Candy Crush, Modern Combat 5 e Injustice;
- 4 minutos de chamadas em 3G/4G;
- 2 minutos de uso (cada) - Facebook, Gmail e GMap
Resultados
Após quase um dia de testes com o Motorola One, chegamos aos seguintes resultados:
- Foram necessárias 14 horas para a bateria de 3.000mAh esgotar totalmente.
- A tela permaneceu ligada por 08 horas e 31 minutos.
- Realizamos 10 ciclos completos de testes, incluindo:
- 60 minutos de navegação no Chrome;
- 300 minutos de WhatsApp, Spotify, PowerAmp, MX Player e YouTube (60 minutos cada);
- 60 minutos de jogos (Pokémon Go, Subway Surfers, Candy Crush, Injustice, Modern Combat 5 e Asphalt 8);
- 60 minutos de Facebook, Gmail e Google Maps (20 minutos cada);
- 40 minutos de chamadas de voz via 3G/4G;
- O app que mais consumiu foi o Asphalt;
- O app que menos consumiu foi o WhatsApp;
- A temperatura ficou entre 26° e 35°C.
Nenhuma mudança visível em nosso teste de velocidade do Motorola One atualizado para o Android Pie em relação ao que vimos com o Oreo. O dispositivo manteve praticamente o mesmo tempo, considerando a margem de erro - foram dois segundos a mais desta vez, apenas, chegando agora a 1min26s.
Os aplicativos continuam abertos para rápido acesso na volta 2. Assim, tanto a fluidez quanto o multitarefas continuam inalterados com o Android Pie.
Caso você não saiba como este teste é realizado, você pode assistir no vídeo. Mas é simples: são 12 aplicativos, cada um aberto até carregar completamente, voltando à tela inicial para partir ao próximo. Isso é feito em duas voltas, para a gente ver se o dispositivo segura todas essas aplicações em segundo plano, oferecendo bom multitarefas.
Os aplicativos da lista são todos da loja oficial do Android, Google Play Store, ou nativos do aparelho. Começamos com o relógio, para cronometrar o tempo, e partimos para Câmera, Galeria, Configurações, Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Adobe Photoshop Mix e fechamos com os jogos Pokémon GO e Asphalt 8.
Também repassamos os testes de benchmarks. E, novamente, nada de novo. Os números variam para mais ou para menos em alguns casos, mas nada fora do normal. Ou seja, a faixa de pontuação ficou sempre a mesma. Veja cada resultado abaixo:
- AnTuTu
- 81.551 pontos
- GeekBench
- CPU: 874 (single) e 4.298 pontos (multi-core)
- GPU: 3.529 pontos
- 3D Mark
- OpenGL: 466 pontos
- Vulkan: 412 pontos
- GFX Bench
- Manhattan: 398,7 quadros (offscreen)
- T-Rex: 1.944 quadros (offscreen)
Nos jogos, novamente, nenhuma mudança visível. O Motorola One tem hardware de intermediário de dois anos atrás, e roda jogos como um bom intermediário de dois anos atrás. Ou seja, esqueça os gráficos no máximo. Mas dá para ter ótima fluidez.
Até mesmo em PUBG Mobile. O título fica configurado para o mínimo, mas roda bem - melhor do que em muito aparelho de entrada de 2018.
A autonomia média em jogos seguiu mais ou menos na mesma, também, com cerca de sete horas.
Jogo | FPS | CPU | GPU | Memória |
Asphalt 8 | 29 | 9% | NA | 440 MB |
Clash Royale | 59 | 5% | NA | 444 MB |
Injustice 2 | 30 | 17% | NA | 675 MB |
Modern Combat 5 | 39 | 12% | NA | 399 MB |
PUBG Mobile | 26 | 13% | NA | 600 MB |
Subway Surfers | 59 | 36% | NA | 256 MB |
Vainglory | 57 | 14% | NA | 614 MB |
O Motorola One não teve nenhuma mudança significativa em desempenho com a atualização para o Android Pie. Segue como um bom dispositivo intermediário, sendo levemente superior a aparelhos com o Snapdragon 450, por exemplo, mesmo com uma plataforma lançada no início de 2016.
Em autonomia, a diferença não foi grande em nenhum teste específico, nem mesmo na recarga. Mas o tempo de uso em nossa simulação foi bem abaixo, o que nos leva a crer que, mesmo após a otimização do consumo, o usuário não deve conseguir repetir o tempo longe de tomada que tinha com o Android Oreo.
Você concorda com essa avaliação? Conta pra gente aqui embaixo, nos comentários.
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Transmissão encerrada!
E é isso. A pauta está atualizada com os resultados consolidados e a conclusão. Abraço e até a próxima.
A bateria já caiu para 1%, então vamos encerrar por aqui, já que deixar o aparelho desligar vai atrapalhar tudo.
Encerrado o décimo ciclo, e a bateria está em apenas 3%. Vamos aguardar os tradicionais 30 minutos de standby para encerrar o teste.
Carga do Moto One caiu para 11%. E assim, demos início ao décimo ciclo. Vejamos se vai até o fim.
Somando os tempos do primeiro ciclo, já temos passamos de 12 horas e meia de uso e 7h40min de tela.
Lembrando que devemos acrescentar cerca de uma hora e vinte minutos ao tempo total, além de uns 50 minutos no tempo de tela dos gráficos abaixo.
E vamos para o oitavo ciclo. Lembrando que os dados informados nas capturas do GSam estão descontando o primeiro ciclo, por conta de um bug... Bateria em 33%.
Encerrado o segundo ciclo, temos 83% de carga. O tempo mostrado pelo GSam pode ter cerca de 1h20min acrescido, por conta do bug que não está considerando corretamente o momento em que retiramos o Moto One da tomada.
É, o Motorola One está com algum bug na medição da bateria. Mesmo com 92% de carga, ele estava considerando que a última carga completa havia sido há cerca de 15 minutos. Reiniciamos e piorou: agora ele considera a hora que iniciou. Show de bola!
Vamos aguardar um tempo para ver se o app de monitoramento consegue funcionar corretamente...
GSam não está conseguindo monitorar corretamente o Motorola One. Bateria está com 92% depois do primeiro ciclo.
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