Realme C25 e Moto G20 são dois celulares que podem não atrair pelo visual, mas buscam entregar conjuntos satisfatórios para a categoria de entrada. Qual basicão agrada mais os usuários que não querem gastar muito? O Comparativo do TudoCelular responde esta pergunta agora.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

Realme C25

No design, temos duas construções de plástico, porém com acabamentos bem diferentes. O realme traz uma textura na tampa traseira, com uma faixa na esquerda mais lisa, que deixa o celular menos escorregadio. Já o Moto usa uma aparência mais fosca, para reduzir as marcas de dedo.

Os dois smartphones vêm com leitor biométrico localizado na traseira, como costuma ser em aparelhos de entrada. Na parte da frente, a opção também foi similar: o notch possui formato de gota em ambos os dispositivos. Eles têm praticamente as mesmas dimensões, só que o modelo da Motorola é um pouco mais fino e leve.

Motorola Moto G20

Estes ainda contam com Wi-Fi de 5 Gigahertz, para uma internet mais rápida e estável, além de Bluetooth 5.0. Aqui há uma vantagem ao C25 ao trazer gaveta para dois chips e um cartão MicroSD independentes. Já o G20 obriga o usuário a escolher entre uma segunda linha de operadora ou uma expansão de memória.

Apesar de não ser o seu forte, o design do realme fica um pouco à frente. Por isso, ele abre o placar.

Tela

De ambos os lados, encontramos painel LCD de 6,5 polegadas, com resolução que não passa de HD+. O brilho deste material não é o melhor que há no mercado, porém a realme consegue entregar um pouco mais de conforto em dias ensolarados. Por outro lado, é a Motorola que tem um contraste ligeiramente melhor.

O Moto G20 ainda leva outra vantagem sobre o seu rival chinês. A taxa de atualização dele chega a 90 Hz, enquanto o concorrente não passa de 60 Hz. Na prática, temos aqui animações mais fluidas e navegação no sistema bem suave. Por fim, o aproveitamento frontal é o mesmo e não apresenta mudanças de um para o outro.

A tela de 90 Hertz dá o ponto ao Moto.

Som

As características de áudio são bem parecidas nestes dois celulares. Eles não possuem um canal secundário, o que limita a saída de som apenas em mono. A potência até não chega a decepcionar, mas não há equilíbrio sonoro, principalmente por pecarem em graves e médios.

Em outras palavras, estes aparelhos somente vão te agradar em áudio quando você for ver vídeos no YouTube. Já para jogos e filmes, ficam longe de um som considerado de alta qualidade. Ao menos, o Moto entrega um fone de ouvido, mesmo que básico, para ajudar na experiência.

Pelo fone na caixa, é mais um ponto para o G20.

Sistema

Os smartphones saem da caixa já com Android 11 instalado. No momento dos nossos testes de cada um, o C25 estava mais atualizado que o G20. Isso mostra uma preocupação maior da realme que a Motorola em manter os pacotes de segurança em dia, mesmo nos seus basicões.

Quando falamos de recursos, a interface personalizada da chinesa oferece alguns que lembram a One UI da Samsung, como a Barra Lateral inspirada na Tela Edge, além da customização que lembra a Motorola. A Realme 2.0 também flui bem e não apresenta tantos engasgos. Do outro lado, este Moto não vem com os tradicionais gestos da marca em seu sistema quase puro. Fora que o software precisa aproveitar bem os 90 fps no display para dar uma suavidade maior na experiência.

A realme vence em sistema.

Nestes dois modelos de entrada, temos uma briga entre o MediaTek Helio G70 do C25, contra o Unisoc T700 do G20. E foi este último que levou a melhor nos nossos testes de velocidade. O Moto conseguiu ser mais rápido tanto na abertura de apps como no multitarefas, com uma vantagem geral de 15 segundos sobre o concorrente.

Já nos benchmarks, o chip da realme ficou um pouco acima no AnTuTu, mas mostrou um equilíbrio bem maior em todos os cenários do Geekbench. Os dois rodaram bem todos os jogos, mesmo com as limitações de hardware.

Por ser mais rápido, é ponto para a Motorola.

O realme C25 vem com uma bateria gigante de 6.000 mAh, 1.000 mAh a mais que o Moto G20. Essa superioridade foi até maior nos nossos testes padronizados de uso. A autonomia do chinês chegou a passar de 41 horas de duração total. Já o concorrente ficou na faixa de 26 horas.

O C25 vem com carregador de 18 W na caixa, que consegue chegar nos 100% somente após 3 horas e 11 minutos. Parece ser muito, só que está dentro do que os basicões costumam oferecer. Sem contar que o smartphone da Motorola demora mais de 5 horas na tomada, já que o adaptador é de apenas 10 W.

A realme pontua com facilidade desta vez.

Temos conjuntos quase iguais de câmeras, se não fosse a presença de um sensor ultrawide no Moto G20. Por mais que a qualidade não seja igual a principal, é uma opção para o usuário quando precisar enquadrar um campo de visão maior. A lente primária tem 48 MP nos dois lados.

Os aparelhos não estão entre os melhores à noite, e de dia você poderá ter fotos estouradas. Ao menos, o modelo da Motorola tem um HDR eficiente e melhor que a Inteligência Artificial do C25.

Não há muita diferença entre as lentes macro. A baixa resolução e a falta de foco automático comprometem a experiência em qualquer um dos smartphones aqui. Já a de desfoque falha menos na separação de planos no G20 que no concorrente.

O Moto pontua por ser mais versátil e entregar maior qualidade.

Fotos tiradas com o realme C25

Já em vídeos, a realme consegue acertar mais que o concorrente. Apesar de os dois suportarem só até a resolução Full HD, o C25 chega a uma taxa de 60 fps. Nenhum deles conta com estabilização eletrônica, então os tremidos podem ser um problema.

Ao menos, o Moto tem um foco menos lento. O problema deste é que a captação de áudio ainda é mono, enquanto o rival capta som estéreo.

O realme C25 traz mais recursos e leva a melhor.

Fotos tiradas com o Motorola Moto G20

As câmeras frontais dos dispositivos acertam no modo retrato, desde que tenham uma boa fonte de luz. O problema é que a do C25 tem uma resolução mais baixa, e isso impede de registrar tantos detalhes quanto o concorrente. As gravações das duas também não empolgam, principalmente em vídeos à noite.

O ponto vai para o modelo da Motorola.

Chegamos no quesito que define muitas das escolhas dos usuários: o preço. Os dois celulares foram lançados no Brasil de maneira oficial, com uma diferença de R$ 100. Enquanto o C25 veio por R$ 1.600, o G20 ficou disponível pelo valor de R$ 1.700.

Mas no varejo atual, apenas o Moto pode ser encontrado mais barato no momento, na faixa de R$ 1.100. Essa diferença já é considerável para o bolso do consumidor.

Por isso, a Motorola fecha o Comparativo com o último ponto.

O placar apertado mostra bem como é equilibrado este duelo. O realme C25 se mostrou uma opção melhor para quem quer um design acima da média do segmento de entrada, além de entregar uma autonomia para quase dois dias de uso constante e com um sistema que não tem tantos cortes em relação aos modelos mais caros.

Já a Motorola aposta um aparelho que consegue ser superior ao concorrente em multimídia e mais rápido em abertura de aplicativos. Sem contar o custo-benefício maior por estar mais barato no varejo brasileiro.

RESULTADO

realme C25: 4 PONTOS

• Melhor design
• Melhor software
• Melhor em bateria
• Melhor em vídeos

Motorola Moto G20: 6 PONTOS

• Melhor em tela
• Melhor em som
• Melhor desempenho
• Melhor câmera traseira
• Melhor em selfies
• Melhor custo-benefício

Mais um embate difícil no Comparativo, e agora a gente quer saber de você: qual é o melhor celular de entrada entre os dois? A sua prioridade em um smartphone é atendida por qual aparelho? Pode falar à vontade no espaço de comentários.

• O Motorola Moto G20 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
• O realme C25 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.