O Redmi Note 11 Pro tem uma série de semelhanças com o Edge 20 Lite. Os dois celulares são exemplos de intermediários premium que contam com rede 5G e câmera principal de 108 megapixels.

Neste duelo entre Xiaomi e Motorola, qual fabricante consegue aproveitar melhor os recursos avançados presentes em cada um desses conjuntos? Você vai ver a resposta agora, aqui no TudoCelular.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

Redmi Note 11 Pro 5G

Vamos começar falando sobre o design deles. Apesar de o Redmi ser o mais compacto da dupla, é o Edge que tem o menor peso. Este ainda possui na traseira um bloco quadrado de câmeras, com fundo de cor parecida com o restante da tampa. Já o chinês usa um módulo preto na vertical, que destaca o sensor principal acima dos demais.

Os dois se assemelham na lateral de plástico, porém o Note 11 Pro avança mais ao possuir uma traseira de vidro com acabamento fosco, para parecer mais premium. Pelo menos, o 20 Lite aposta nas curvas da tampa plastificada, que deixa o uso com uma mão mais confortável.

Motorola Edge 20 Lite

Na frente, a opção dos dois foi pelo notch em um furo na tela. Eles também utilizam um leitor biométrico integrado ao botão de energia. Só que o Note ainda vem com certificação IP53, para resistir a poeira e respingos de água.

Ambos ainda são iguais na presença de uma gaveta híbrida, que compartilha o segundo espaço para chip de operadora com o slot para cartão de memória. Neles, você também terá Wi-Fi e Bluetooth de quinta geração, além do suporte a NFC.

Os benefícios extras dão o ponto ao modelo da Xiaomi.

Tela

Dos dois lados, encontramos uma tela na faixa de 6,7 polegadas, com resolução Full HD+. Mas as semelhanças param por aí. No Redmi, há um painel Super AMOLED que capricha mais no brilho forte e tem uma taxa de atualização de 120 Hz, para dar mais fluidez do que a de 90 Hz do rival.

Já no modelo da Motorola, está um display OLED que reproduz mais de um bilhão de cores, sem contar o suporte ao HDR10+, focado em melhorar a reprodução de filmes nos streamings.

O Edge ainda tem o diferencial de contar com um aproveitamento frontal superior, graças às bordas menores. Por sua vez, o Note possui Gorilla Glass 5, que protege mais contra arranhões.

De um lado, estão o brilho, a fluidez e a resistência. Do outro, mais cores, HDR10+ e maior relação tela/corpo. Um ponto para cada.

Som

Vemos cenários bem distintos em áudio nestes aparelhos. O Note 11 Pro 5G é um exemplo de que a Xiaomi tem investido neste quesito, ao contar com um sistema estéreo, que usa o alto-falante de chamadas como canal secundário. Por outro lado, temos o Edge 20 Lite ainda com som mono, algo comum mesmo em intermediários premium da Motorola.

Em outras palavras, você terá uma imersão maior e uma potência acima da média no modelo chinês. Fora o equilíbrio sonoro maior entre graves, médios e agudos nele. A dupla vem com conector físico para fones de ouvido, só que apenas a Motorola manda o acessório na caixa, para compensar a baixa qualidade do áudio embutido.

Este é um ponto fácil para a Xiaomi.

Sistema

Tanto o Redmi quanto o Edge saem da embalagem com o Android 11 instalado de fábrica. As empresas prometem duas grandes atualizações para estas linhas, então espere receber o Android 13 neles em algum momento do futuro. Pena que nem sempre os smartphones ficarão bem atualizados com os pacotes de segurança mensais.

Em termos de fluidez, a maior taxa de quadros por segundo do Note 11 Pro ajuda a ter uma suavidade superior nas animações do sistema. Mas a interface mais limpa do 20 Lite procura compensar isso contra a MIUI do concorrente. Ambos também contam com suporte ao 5G, para ter rede móvel mais veloz.

Partindo para os recursos, o chinês não apresenta novidades e entrega a mesma organização já vista em outros modelos da marca. Já o celular da linha Motorola Edge tem como destaque um atalho para criar GIFs animados e o Ready For, que transforma o dispositivo em um PC portátil. As customizações do app Moto e os famosos gestos para abrir a câmera e ligar a lanterna também estão presentes aqui.

O Edge 20 Lite anota o ponto pelo peso maior das funcionalidades avançadas.

Este é um clássico duelo entre Qualcomm e MediaTek. No Note 11 Pro, está o Snapdragon 695. Já no Edge 20 Lite, aparece o Dimensity 800U. Qual dessas plataformas leva a melhor em desempenho? Pelos nossos testes, a da Motorola foi a mais rápida. Na abertura de apps, ficaram praticamente empatados, porém a Xiaomi não manteve a mesma performance no multitarefas.

E olha que a velocidade maior do Edge ocorreu mesmo com números menores nos benchmarks, já que o Redmi venceu no AnTuTu e no Geekbench. Em jogos, nenhum deles sofre para rodar algum game, porém o Note 11 Pro atinge maior fluidez em títulos casuais, já que suporta até 120 fps.

O 20 Lite pontua pelo multitarefas; e o Note 11 Pro marca pelos benchmarks e pelos jogos.

As fabricantes deixaram a mesma capacidade de 5.000 mAh na bateria dos seus respectivos celulares. E na prática, vimos também um empate técnico na autonomia. Cada um conseguiu render mais de 28 horas até ficar descarregado por completo.

O que vai fazer diferença é o carregamento. A Xiaomi manda um adaptador de 67 W na caixa do Redmi. Mais do que o dobro da potência do carregador de 30 W do Edge. Como consequência, o modelo chinês passa quase meia hora a menos na tomada para completar o processo.

É ponto para o Note 11 Pro.

Tanto o Redmi quanto o Edge vêm equipados com três câmeras traseiras, lideradas por uma de 108 MP. Qual deles aproveita mais o sensor avançado? Digamos que nenhum deles consegue explorar ao máximo o hardware que tem. As fotos deles acabam pecando pela baixa riqueza de detalhes. Pelo menos, o chinês é o que menos sofre com ruídos à noite.

A ultrawide deles também não entrega uma performance satisfatória e mostra ser bem limitada, principalmente em locais escuros. Neste ponto, a do Edge tem a vantagem de servir para o modo macro com seu foco automático, o que resulta em capturas melhores que a lente dedicada do Note 11 Pro, por ter baixa resolução e foco fixo. O trio da Motorola ainda tem a câmera de desfoque, porém nem sempre ela acerta no modo retrato e acaba errando como o rival.

De um lado, melhores imagens noturnas. Do outro, conjunto mais versátil e melhores macros. Um ponto para cada de novo.

Fotos tiradas com o Redmi Note 11 Pro 5G

Os dois smartphones suportam gravação de vídeos em 4K, só que não passam dos 30 fps. Há estabilização eletrônica para lidar com os ruídos, porém com algumas limitações. O foco também não é dos mais ágeis, mas faz o seu trabalho. Já a captura de áudio do Redmi tem uma qualidade mais decente que o Edge. A qualidade das gravações dos dois não decepciona durante o dia neles, ou com uma boa fonte de luz por perto.

Nos detalhes, o Note 11 Pro leva o ponto outra vez.

Fotos tiradas com o Motorola Edge 20 Lite

A situação fica curiosa nas selfies. Apesar de ter o dobro de resolução, a câmera frontal do Edge acaba pecando com fotografias desfocadas. À noite, os dois apresentam queda na nitidez, só que o Redmi sofre menos com granulados. Ao menos, temos um modo retrato de frente que acerta bem no recorte. Já as filmagens aqui ficam restritas à resolução Full HD.

Com uma pequena vantagem, é mais um ponto para a chinesa.

O Edge 20 Lite foi o primeiro a chegar no mercado brasileiro, pelo preço sugerido de R$ 3.000. Já o Redmi Note 11 Pro 5G veio mais caro, a um custo de R$ 4.000. Neste momento, a diferença ficou menor entre eles, porém o modelo da Motorola ainda pode ser encontrado mais barato no varejo nacional. A distância é pequena, mas qualquer economia faz a diferença no bolso do consumidor.

O Edge fecha o duelo com o último ponto.

No geral, vimos que o modelo chinês consegue aproveitar melhor o conjunto que possui. Por isso, foi superior em câmeras no geral, tem o design mais avançado, capricha no som estéreo e conta com a bateria que carrega mais rápido. Fora a sua tela com mais brilho e maior taxa de atualização, o que ajuda na fluidez dos games também.

Do outro lado, o Edge não chega a fazer feio. Ele tem vantagens no display, entrega os melhores recursos no seu sistema e ainda leva vantagem no desempenho, quando falamos de multitarefas. Outro ponto importante é que ele vence no custo-benefício, já que está disponível a um valor menor no mercado atual.

RESULTADO

Redmi Note 11 Pro 5G: 8 PONTOS

• Design com construção superior
• Tela com mais brilho e taxa de 120 Hz
• Som estéreo
• Desempenho mais fluido em jogos e melhor nos benchmarks
• Bateria com menor tempo de carregamento
• Câmeras traseiras com melhor modo noturno
• Vídeos com captura de áudio superior
• Selfies com bom foco durante o dia e menos granulados à noite

Motorola Edge 20 Lite: 5 PONTOS

• Tela com melhores cores e maior aproveitamento frontal
• Sistema com melhores recursos e interface limpa
• Desempenho mais rápido no multitarefas
• Câmeras traseiras mais versáteis e com melhores macros
• Menor preço no mercado brasileiro atual

A sua prioridade em um celular é atendida melhor por qual da dupla? Compraria qual neste momento? Diga para a gente!

• O Redmi Note 11 Pro 5G está disponível na Mercadolivre por R$ 1.485.
• O Motorola Edge 20 Lite está disponível na Mercadolivre por R$ 1.885.