O Moto G41 chegou com uma proposta semelhante à do Redmi Note 11. Os dois smartphones querem atrair o consumidor por recursos a mais em relação aos seus antecessores, mas mantendo o bom custo-benefício.

Qual consegue essa proeza com maior eficiência: a Motorola ou a Xiaomi? Vamos descobrir a resposta agora, neste Comparativo.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

Motorola Moto G41

Primeiro vamos falar sobre o design deles. Os dois celulares são feitos de plástico, tanto nas laterais quanto na traseira. A diferença é o acabamento liso com lados planos do Moto, contra um fosco na tampa e com efeito metálico nas molduras do Redmi.

O bloco de câmeras deles segue o padrão de cada marca. No da Motorola, temos um mais oval que distribui os sensores na vertical. Já no da Xiaomi, a prioridade é destacar a lente principal das demais. Estes aparelhos utilizam um leitor biométrico integrado ao botão de energia, enquanto na frente contam com um notch em forma de furo na tela, para deixar a aparência da câmera frontal mais discreta.

Redmi Note 11

Além do corpo mais compacto, o modelo chinês tem alguns diferenciais sobre o rival. Um deles é a presença da certificação IP53, que concede proteção a poeira e respingos d’água. O outro está no emissor infravermelho, para usar o dispositivo como um controle remoto da sua TV.

O Note 11 ainda oferece uma gaveta tripla com espaço para dois chips de operadora e um cartão microSD. Já o G41 até entrega a expansão de memória, mas em um slot híbrido com o segundo cartão SIM. Pelo menos, este é o único a vir com NFC, para pagamentos por aproximação. No mais, temos Bluetooth e Wi-Fi de quinta geração em ambos, na parte de conectividade.

Com alguns detalhes a mais, o Redmi Note 11 começa o duelo na frente.

Tela

A dupla pode até se assemelhar por cada um ter uma tela de 6,4 polegadas com resolução Full HD+. Porém elas são bem distintas. O Moto prefere um painel OLED, com foco em fornecer boas cores. Já o Redmi aposta no display AMOLED, com um brilho acima da categoria. Pelo menos, ambos contêm um amplo ângulo de visão.

Mas alguns pontos pendem facilmente para o modelo chinês. É o caso da taxa de atualização de 90 Hz, que fornece uma fluidez maior que os 60 Hz do concorrente no sistema e em jogos compatíveis. O Note 11 ainda bate o G41 no aproveitamento frontal e tem o diferencial do Gorilla Glass 3, para dar uma proteção adicional contra arranhões.

O conjunto superior de tela dá mais um ponto para a Xiaomi.

Som

A Motorola permanece sem dar tanta atenção à parte sonora dos seus intermediários. Por isso, o G41 é mais um a vir apenas com áudio mono. Por outro lado, a Xiaomi aposta nisso e vem com um sistema estéreo no Note 11, para tornar a experiência do usuário mais imersiva.

Como consequência, o Redmi acaba por ter uma potência maior com seus dois alto-falantes, além de equilibrar melhor as frequências graves, médias e agudas. Estes celulares vêm com o conector no formato P2 para fones de ouvido, só que apenas o Moto entrega o fone de ouvido na embalagem.

Assim, o Redmi marca mais uma vez.

Sistema

Tanto o Moto quanto o Redmi saem da caixa com o Android 11 como sistema operacional. Você até receberá o Android 12 neles, porém não espere atualizações mais frequentes por aqui.

Na parte de conectividade, nenhum deles vem com suporte a 5G. Isso significa que você vai ficar limitado a uma rede 4G em ambos. Ao menos, o Note 11 fornece a maior fluidez, graças ao seu display compatível com imagens de até 90 fps.

Quando vamos para os recursos, a MIUI tem como destaques com widgets reformulados e a aparência cada vez mais parecida com o iOS. Já a interface limpa da Motorola se destaca pelas opções de customização e pelos famosos gestos para abrir o app de câmera e ligar a lanterna.

O software do Moto tem mais recursos populares e uma interface sem modificações. Por isso, ele fica com o ponto.

Do lado do Moto, temos a plataforma Helio G85. Já no do Redmi, é o Snapdragon 680 que alimenta o conjunto. Qual fornece o desempenho superior? Fizemos os testes e vimos que o modelo da Xiaomi foi quase quatro segundos mais rápido. Mesmo assim, não foi o melhor no multitarefas, por recarregar mais aplicativos em segundo plano.

Os benchmarks também dão vitória confortável para o chip da Qualcomm, com uma vantagem bem maior no AnTuTu que no Geekbench. Você não terá tantos problemas para rodar jogos mais casuais e medianos neles, só que o Note 11 traz mais suavidade, pelo suporte a 90 fps.

O celular chinês volta a pontuar.

Em ambos os casos, as fabricantes utilizaram uma bateria de 5.000 mAh. Capacidades iguais, autonomias iguais, certo? Errado. O Redmi Note 11 conseguiu render um total superior a cinco horas e meia a mais. Ele quase bateu a marca de 30 horas de duração.

Quando partimos para o carregamento, temos um adaptador de 33 W de cada lado. Mas de novo, é a Xiaomi que leva a melhor aqui. O smartphone dela chega aos 100% em 54 minutos, quase 20 minutos a menos que o concorrente da Motorola.

Este é um ponto fácil para a chinesa.

Enquanto o G41 vem com um conjunto triplo de câmeras traseiras, o Note 11 conta com quatro sensores atrás. O principal de 48 MP do Moto é capaz de um trabalho um pouco melhor que o de 50 MP do Redmi, principalmente na nitidez em sombras e à noite. A lente dedicada para desfoque da Motorola também ajuda a ter fotos melhores no modo retrato do que o recorte por software no rival.

Com a ultrawide, o G41 e o Note 11 registram uma qualidade bem próxima da principal durante o dia, porém a ausência de modo noturno aqui torna a do chinês a melhor opção em cenários mais escuros. Já a macro deles peca pela baixa resolução e pela falta de foco automático.

Não temos uma diferença tão grande entre eles, mas o Moto G ainda fica um pouco acima e leva o ponto aqui.

Fotos tiradas com o Motorola Moto G41

Em vídeos, os dois conseguem uma qualidade decente, porém são limitados a gravações em Full HD. O foco deles fica na média, enquanto a captura de áudio não chega a fazer um bom trabalho, mesmo sendo estéreo. Ambos fornecem boa estabilização, só que a do Moto G41 tem tecnologia óptica.

Nos detalhes, o Moto anota mais um ponto.

Fotos tiradas com o Redmi Note 11

Os dois dispositivos contam com a mesma resolução de 13 megapixels em suas respectivas câmeras frontais. Em ambos os casos, o modo retrato faz um bom trabalho, enquanto as selfies noturnas dependem de uma boa fonte de luz para reduzir os ruídos. O problema fica para o Redmi durante o dia, que deixa a imagem mais suavizada e mata os detalhes, sem contar o HDR superior do Moto. A gravação não muda e é restrita a Full HD neles.

É mais um ponto para a Motorola.

O Moto G41 chegou ao Brasil de maneira oficial, pelo preço sugerido de R$ 2.200, ou seja, mais barato que o valor de R$ 2.600 cobrado pelo Redmi Note 11 no mercado nacional. Mas quando comparamos os dois no varejo atual, vemos o modelo chinês a um custo inferior, na faixa de R$ 1.100, contra algo pouco abaixo de R$ 1.500 no modelo da Motorola.

Portanto, a Xiaomi fica com o último ponto aqui.

O confronto mostrou que Motorola e Xiaomi conseguem fazer um duelo equilibrado nessa categoria de intermediários focados em custo-benefício. Por isso, muitos quesitos foram decididos nos detalhes. O Moto G41 é o que tem o sistema mais limpo e com recursos mais populares, além de entregar um conjunto de câmeras com algumas vantagens a mais que o concorrente chinês.

Por sua vez, o Redmi Note 11 possui uma quantidade maior de benefícios no seu design, sem contar a parte multimídia superior, desde a tela de 90 Hertz até o som estéreo. O desempenho é mais rápido, e a bateria dura mais e tem carregamento em menor tempo. O preço também fica mais favorável à chinesa no mercado atual, para ampliar o custo-benefício ao consumidor.

RESULTADO

Motorola Moto G41: 4 PONTOS

• Sistema com melhores recursos e interface limpa
• Câmeras traseiras com melhor modo noturno e retrato
• Vídeos com estabilização melhor
• Selfies com mais nitidez e detalhes

Redmi Note 11: 6 PONTOS

• Design mais resistente e compacto
• Tela de 90 Hz
• Som estéreo
• Desempenho mais rápido
• Bateria com maior autonomia e menor tempo de carregamento
• Menor preço no mercado brasileiro atual

Na briga entre esses intermediários, qual deles tem o conjunto que mais atenda às suas necessidades? Você prefere o que o Note 11 entrega, ou pagaria a mais para ter o G41? Comente conosco!

• O Redmi Note 11 está disponível na Amazon por R$ 972. O custo-benefício é médio e esse é o melhor modelo nessa faixa de preço.
• O Motorola Moto G41 está disponível na Kabum por R$ 799. O custo-benefício é médio mas esse é o melhor modelo nessa faixa de preço.