O Xiaomi 13 Ultra e o Edge 30 Ultra são os aparelhos mais avançados de suas respectivas marcas até o momento e buscam ser boas alternativas no segmento mais avançado, para fazer frente a rivais como Samsung e Apple.

Ao colocar lado a lado o top de linha da Xiaomi e o da Motorola, qual tem as melhores vantagens para o consumidor? A gente te conta a resposta agora, neste Comparativo do TudoCelular.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

Xiaomi 13 Ultra

A Xiaomi deixou o seu top bem destacado com um aro circular para abrigar as câmeras, enquanto a Motorola utilizou um bloco quadrado menor, que deixa o sensor principal mais realçado que os demais. Pelo menos, a parte da frente não muda na dupla, com o notch em forma de furo.

Quando vamos para a construção, temos uma estrutura em alumínio nestes dois celulares. A diferença é que o 13 Ultra utiliza uma traseira de couro vegano, enquanto o Edge traz um vidro que cobre a tampa, com Gorilla Glass 5 para proteger contra os arranhões. O 30 Ultra também é o mais compacto e leve da dupla.

Motorola Edge 30 Ultra

O chinês responde com a certificação IP68, que garante resistência contra poeira e água maior que a IP52 presente no rival, e com o emissor infravermelho, para transformar o dispositivo no controle remoto da sua TV. Na biometria, ambos usam um leitor de impressões digitais localizado sob a tela.

A gaveta de chips deles não possui slot para cartão microSD. Ou seja, nada de expansão de armazenamento por aqui. Na parte de conectividade, o 13 Ultra leva a melhor com o Wi-Fi de sétima geração e o Bluetooth 5.3, contra a sexta geração da rede wireless e a versão 5.2 do Bluetooth presentes no 30 Ultra. Já o NFC aparece em ambos, para pagamentos por aproximação.

O Xiaomi pontua pela maior resistência e melhor conectividade; e o Edge marca pela construção superior e pelo corpo mais compacto e leve.

Tela

As duas fabricantes optaram por um painel OLED, capaz de reproduzir um bilhão de cores. A tela do Xiaomi tem 6,73 polegadas, maior que a de 6,67 polegadas do Edge, mas fica atrás no aproveitamento frontal e no nível de brilho entregue pelo rival.

O chinês responde com a resolução Quad HD+, para imagens com melhor definição que a Full HD+ do concorrente. Ambos possuem a tecnologia HDR10+, porém apenas o 13 Ultra traz suporte ao Dolby Vision.

A Xiaomi colocou uma proteção Gorilla Glass Victus, com proteção melhor que a quinta geração usada pela Motorola. Pelo menos, o Edge traz uma taxa de atualização de 144 Hz, para uma fluidez superior à de 120 Hz presente no modelo da chinesa.

Display maior, com melhor proteção e Dolby Vision de um lado; e maior brilho e suavidade do outro. Damos um ponto para cada.

Som

Estes tops de linha não decepcionam em áudio e trazem um sistema estéreo, com suporte a Dolby Atmos para melhor equalização. A dupla utiliza o alto-falante de chamadas como canal adicional, só que o Xiaomi ainda vem com uma terceira saída de som no topo.

Mesmo assim, é o Edge que entrega o som mais potente da dupla e sem qualquer distorção no volume máximo. Ao menos, em termos de qualidade, ambos têm um bom equilíbrio entre graves, médios e agudos.

Nenhum deles contém um conector de 3,5 milímetros para fones de ouvido, mas a Motorola ainda manda um acessório com plugue USB-C na embalagem do seu dispositivo.

Assim, o 30 Ultra anota o ponto em som.

Sistema

O Xiaomi sai da caixa com o Android 13 de fábrica, enquanto o Edge tem o Android 12 de maneira nativa. Ambas as fabricantes prometem três atualizações de software, o que dá uma vantagem na vida útil para a chinesa.

O sistema dos dois é ágil e flui bem, impulsionado por estas taxas de atualização elevadas. A rede móvel também não terá problemas de velocidade, já que ambos são compatíveis com a tecnologia 5G.

Partindo para os recursos, o 13 Ultra se destaca pelas opções de customização, pelos atalhos em um menu flutuante e pelo uso do sensor de batimentos cardíacos integrado ao leitor biométrico. Por sua vez, o 30 Ultra contém um menu dedicado a games, o uso da curvatura da tela para alertas de notificações, os famosos gestos para ligar a lanterna e abrir o app da câmera, além do Ready For, que transforma o celular em um PC portátil.

Maior longevidade da Xiaomi, contra recursos mais avançados da Motorola. Damos mais um empate.

O chinês já vem equipado com o Snapdragon 8 Gen 2, só que o Edge ainda é alimentado pelo Snapdragon 8 Plus Gen 1. A diferença de gerações do hardware impacta na velocidade? Vimos exatamente o contrário nos nossos testes. Mesmo com a plataforma mais antiga, o 30 Ultra registrou um tempo cerca de três segundos mais rápido que o rival.

Somente nos benchmrks, é possível ver a superioridade do chip do Xiaomi. Ele ficou com cerca de 18% a mais de pontos no AnTuTu, na comparação com o concorrente. Nos jogos, o 13 Ultra consegue rodar todos os títulos na qualidade máxima e com os recursos ativados. Diferente do modelo da Motorola, que apresenta queda na performance por conta do superaquecimento.

O Edge marca pelo melhor desempenho multitarefas; e o Xiaomi pontua por ser melhor nos benchmarks e nos games.

A Xiaomi colocou uma bateria de 5.000 mAh no seu top de linha, com uma capacidade maior que a de 4.610 mAh usada pela Motorola. Já podemos dar o ponto para a chinesa? O 13 Ultra registrou 31 horas e meia nos nossos testes padronizados e ficou cinco horas acima do Edge.

Quando vamos para o carregamento, a situação muda. O Xiaomi leva quase 40 minutos para completar o processo, com seu adaptador de 90 W, enquanto o 30 Ultra precisa de apenas 21 minutos até chegar nos 100%, graças ao seu acessório de 125 W.

Maior autonomia de um lado; recarga mais rápida do outro. Temos um ponto para cada mais uma vez.

O 13 Ultra possui quatro câmeras traseiras, uma a menos que o conjunto triplo do Edge. A principal de 50 MP do Xiaomi até acerta na faixa dinâmica e tira fotos com boa nitidez, porém o sensor mais avançado de 200 MP do 30 Ultra é capaz de ter um nível de detalhes superior e capturar imagens com menos ruídos à noite.

A ultrawide deles tem a mesma resolução de 50 MP e mantém as cores e o contraste exibidos pela principal. Sem falar na presença do foco automático dos dois lados, para ajudar também a registrar macros de boa qualidade.

A Motorola tem uma lente teleobjetiva com zoom óptico de apenas duas vezes e fica bem atrás das duas câmeras usadas pela Xiaomi, uma com zoom óptico de 3,2 vezes e a outra periscópica com zoom de 5 vezes. A dupla da chinesa inclusive tem otimização até para fotos nítidas da Lua.

Maior versatilidade de um lado; sensor principal mais avançado do outro. De novo, temos um empate.

Fotos tiradas com o Xiaomi 13 Ultra

A filmadora dos dois é capaz de gravar vídeos na resolução 8K, porém apenas a do Edge chega a 30 fps. A qualidade de imagem do 30 Ultra também fica um pouco acima do rival. Pelo menos, os dois possuem estabilização óptica, foco ágil e uma captura de áudio estéreo e limpa.

Por pouco, a Motorola anota o ponto.

Fotos tiradas com o Motorola Edge 30 Ultra

A câmera frontal do Xiaomi tem 32 MP e tira boas selfies durante o dia e à noite. Só que a de 60 MP do Edge impressiona e conta com maior nitidez, além de cores próximas do ideal, até mesmo em locais escuros. Sem falar no modo retrato dele praticamente sem erros. A Motorola também é a única da dupla a ter filmagens de frente em 4K.

Por isso, o 30 Ultra anota outro ponto.

Apenas a Motorola lançou o seu top de linha no mercado brasileiro, pelo preço sugerido de R$ 7.000. No varejo atual, o Edge 30 Ultra pode ser encontrado já abaixo dos R$ 4.000. Diferente do Xiaomi 13 Ultra, que apenas é achado por importadores ainda na faixa dos R$ 6.000.

Portanto, o Edge fecha o duelo com o último ponto.

Um ponto que precisamos ressaltar neste duelo é o equilíbrio. Na maioria dos quesitos, temos pontos positivos relevantes em cada um destes celulares que provocaram empates. Mas ainda assim, a Motorola conseguiu se sobressair em relação à Xiaomi.

A chinesa até tem seus benefícios. O Xiaomi 13 Ultra vem com resistência contra água e poeira em seu design; uma tela maior, com resolução superior e suporte a Dolby Vision; um sistema com maior longevidade; melhor desempenho em benchmarks e jogos; maior autonomia de bateria; e uma versatilidade maior em seu conjunto de câmeras traseiras.

Mas do outro lado, temos no Edge 30 Ultra um conjunto mais completo. Ele entrega uma construção premium e design mais compacto e leve; um display com maior brilho e fluidez; um som mais potente; melhores recursos de software; desempenho multitarefas superior; e recarga mais rápida. Sem falar na câmera principal mais avançada, nos vídeos de maior qualidade de imagem e nas selfies superiores até à noite.

O Edge ainda oferece tudo isso por quase a metade do preço do Xiaomi, o que torna o modelo da Motorola um melhor negócio para quem estiver na dúvida entre estes dois dispositivos.

RESULTADO

Xiaomi 13 Ultra: 6 PONTOS

• Design com maior resistência e melhor conectividade
• Tela maior, com resolução Quad HD+ e Dolby Vision
• Sistema com maior longevidade
• Melhor desempenho em benchmarks e games
• Bateria com maior autonomia
• Câmeras traseiras mais versáteis

Motorola Edge 30 Ultra: 10 PONTOS

• Construção superior e corpo mais fino e leve
• Tela com mais brilho e fluidez
• Som mais potente
• Sistema com recursos mais avançados
• Melhor desempenho multitarefas
• Bateria com menor tempo de recarga
• Câmeras traseiras com sensor principal mais avançado
• Vídeos com maior qualidade de imagem
• Câmera frontal com selfies mais nítidas e filmagens de frente em 4K
• Menor preço no mercado brasileiro atual

Qual proposta de flagship mais te agrada? Você prefere as vantagens do 13 Ultra ou do Edge? Pode falar à vontade aí abaixo.

• O Xiaomi 13 Ultra ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
• O Motorola Edge 30 Ultra está disponível na Mercadolivre por R$ 3.869. O custo-benefício é bom e esse é o melhor modelo nessa faixa de preço.