Economia e mercado 30 Nov
De acordo com um levantamento divulgado pela 5G Americas, durante o fim de 2018, os países da América Latina registraram a maior média de espectro alocado para serviços móveis com 370 MHz. Isso indica que os países da região estão concedendo mais frequências para operadoras de telecomunicações.
Assim, a cifra de 370 MHz representa um aumento de quase 16 MHz (4,6% a mais) em relação ao mesmo período de 2017. No entanto, o estudo também mostra que esse crescimento ainda continua abaixo dos parâmetros internacionais sugeridos pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Em 2018 registraram licitações de espectro no México, República Dominicana, Paraguai e El Salvador, que licenciaram blocos nas faixas de 700 MHz, 1,7 / 2,1 GHz (conhecida também como AWS) e 2,5 GHz. Além disso, o Panamá realizou uma distribuição de espectro na República Dominicana e autorizou o uso e transferência de uma porção da banda de 2,5 GHz.
Veja abaixo que o Brasil liderou a alocação de espectro e foi seguido por México e Chile:
Outro destaque do estudo é que foi possível detectar algumas dinâmicas que podem reduzir ou limitar a quantidade de espectro para serviços móveis. Algumas delas incluem a obrigação de devolução do espectro e os limites de acumulação definidos por agências reguladoras.
Além disso, existem alguns países da região que não esgotaram todo o espectro de bandas como a de 700 MHz, sendo que a 5G Americas ainda traz uma recomendação:
A 5G Americas recomenda que os processos de alocação de espectro não devem ser discriminatórios para as operadoras já atuantes no mercado. Práticas como blocos reservados para novos entrantes ou limites de espectro muito restritivos podem desestimular a participação em concorrências de espectro e impedir o desenvolvimento de novas redes.
Cabe ressaltar que a perspectiva para 2019 é considerada boa, uma vez que mais administrações nacionais devem fazer mais concessões de frequências para a telefonia móvel. Uma das expectativas para o Brasil é a licitação para o 5G, sendo que a Anatel recentemente aprovou o uso da faixa de 5 GHz para operadoras.
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