Anunciada em março deste ano, a compra da Nextel pela Claro recebeu aprovação sem restrições pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o órgão, o negócio não irá gerar problemas concorrenciais no mercado de Serviço Móvel Pessoal (SMP).

O entendimento da SG é que a Nextel se trata de uma operadora eminentemente regional, com pouca participação de mercado, se comparada com as demais empresas. Além disso, a entidade destaca que as concorrentes têm condições de rivalizar por preços e qualidade, além de haver capacidade para absorver uma possível demanda que saia das companhias envolvidas na aquisição.

A Superintendência-Geral ainda afirmou que o Cade ficará atento ao mercado de telecomunicações, em especial à diminuição do número de players nacionais. A intenção do órgão é prevenir a existência de atuação coordenada.

“O Cade está atento aos movimentos deste mercado e aos efeitos de sua concentração, atuando preventivamente para que o ambiente de efetiva concorrência prevaleça, com foco no bem-estar geral e do consumidor.”

Superintendência-Geral do Cade

Outro tema que chama atenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica é a chegada do 5G. Para a entidade, haverá um aumento da convergência de serviços com a implantação da tecnologia, o que poderá gerar ainda mais impacto na concorrência.

As companhias concorrentes não tinham se agradado com a aquisição da Claro. Telefônica/Vivo e TIM chegaram a contestar a compra, por considerarem que o negócio desequilibraria o mercado. Por outro lado, caso a venda não fosse aprovada, a Nextel havia alertado para falta de caixa em 2020.

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