O Nokia C30 e o realme C11 são celulares básicos que oferecem uma proposta bem similar ao usuário: entregar um conjunto básico que não machuque o bolso, com alguns quesitos positivos para agradar mais.

Nesta batalha entre smartphones de entrada, qual fabricante leva mais vantagem para o consumidor? É o que vamos descobrir agora, no Comparativo do TudoCelular.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

Nokia C30

Começando pelo design, temos dois celulares bem semelhantes de frente, mas totalmente distintos por trás. Eles se parecem olhando pela parte frontal devido ao notch em forma de gota, além de ter um “queixo” grande embaixo. Ao menos, dá para saber qual é o Nokia, pelo logo da marca na borda inferior.

Já atrás, a marca finlandesa aposta em um bloco circular centralizado para abrigar as câmeras, em uma tampa removível que tem uma textura para melhorar a pegada. Por sua vez, a realme prefere um quadrado no canto esquerdo, que fica em uma faixa lisa desde o topo até a parte de baixo, onde aparece o nome da chinesa. Este também vem com um tom metalizado atrás, que dá um toque mais robusto.

realme C11

De qualquer forma, ambos são feitos de plástico em todo o corpo e não apresentam nenhuma certificação de resistência. Ao menos, o C11 é um pouco mais compacto e leve que o rival. Por sua vez, o C30 responde com um leitor biométrico na traseira, recurso de segurança ausente no concorrente.

Estes aparelhos entregam gaveta tripla para dois chips de operadora e um cartão microSD. Pena que não possuem Wi-Fi de quinta geração nem suporte a NFC. Fora o Bluetooth, ainda na versão 4.2.

Com poucos diferenciais de cada lado, começamos com um empate.

Tela

De ambos os lados, vemos uma tela IPS LCD com resolução que não passa de HD+. O Nokia C30 tem a vantagem de contar com um painel maior, além de oferecer um nível de brilho acima da média para a categoria.

Do outro lado, temos uma personalização maior para a calibração de cores no realme C11, que também fornece um aproveitamento frontal superior. De qualquer maneira, a taxa de atualização na dupla não passa dos 60 Hz. E como é de se imaginar em aparelhos básicos como estes, também não há qualquer proteção Gorilla Glass no display.

De um lado, tamanho e brilho. Do outro, melhor personalização de cores e maior proporção tela-corpo. Um ponto para cada de novo.

Som

Por serem celulares de entrada, encontramos apenas um alto-falante em cada um deles. O sistema mono impede de ter uma imersão ideal, mas o realme procura compensar com uma boa potência sonora, mesmo com a saída localizada apenas na traseira.

A qualidade do C11 também supera o Nokia, por apresentar graves e agudos mais definidos. Ao menos, você terá conector físico para fones de ouvido nos dois dispositivos, só que apenas o C30 envia o acessório na embalagem.

A potência e a qualidade pesam mais que a presença do fone. Por isso, é ponto para a chinesa.

Sistema

Tanto o C11 quanto o C30 saem da caixa com o Android 11 nativo, na Go Edition, a versão mais modesta do “robozinho”. Portanto, não espere aqui uma grande longevidade com atualizações para o futuro.

Por ser um software bem básico, a navegação não é tão suave e apresenta lentidões, seja na interface limpa da Nokia ou na personalizada da realme. A rede móvel também não está na quinta geração neles, então você vai ficar apenas no 4G por aqui.

O sistema dos dois vem apenas com o básico para o usuário, com um ou outro recurso a mais da interface da chinesa. No geral, as funções e os aplicativos ficam por conta apenas do que você pode encontrar em qualquer aparelho com Android.

A realme marca por ter uma interface com detalhes a mais.

A Nokia e a realme escolheram a mesma plataforma Unisoc SC9863A para equipar estes smartphones, ambos com 2 GB de memória RAM. Como será que se saem em desempenho? Apesar da vitória em tempo nos testes de velocidade, os pouco mais de oito segundos de vantagem do C30 não representam uma grande mudança, já que ambos ficam bem acima do ideal.

Passando para os benchmarks, vemos praticamente um empate técnico nos indicadores, o que indica não ter uma vantagem em potencial para nenhum dos lados. Estes aparelhos estão longe de ser opções destinadas ao público gamer. Na prática, eles vão entregar jogos com qualidade média ou baixa, além de uma fluidez bastante limitada.

Não tem um grande destaque de desempenho entre eles, mas ainda assim damos o ponto para a finlandesa, pela vitória modesta nos nossos experimentos.

Temos aqui uma bateria de 6.000 mAh do Nokia, contra uma de 5.000 mAh do realme. Qual delas entrega a melhor autonomia? A finlandesa se faz valer do número maior para fornecer quase sete horas a mais longe da tomada, com mais de 29 horas totais.

Quando vamos para o carregamento, a dupla vem apenas com adaptador de 10 W na embalagem. Nesse ponto, a chinesa leva a melhor, por ter que ficar 1 hora e 20 minutos a menos conectado, até chegar nos 100%. De qualquer maneira, nenhum deles faz esse processo de forma rápida.

O C30 marca pela autonomia maior; enquanto o C11 pontua pelo carregamento em tempo menor.

A Nokia inseriu duas câmeras traseiras no seu basicão, enquanto a realme apenas colocou uma principal. O sensor de 13 MP da finlandesa não empolga, mas ainda consegue registros um pouco superiores com o HDR ligado, em comparação com as fotos tiradas com a lente de 8 MP da chinesa, que peca principalmente no alcance dinâmico. À noite, temos capturas granuladas em ambos os casos.

O C30 ainda tem uma segunda câmera de desfoque, que gera um bom efeito, mas sofre no recorte em locais complexos. Mesmo assim, faz um trabalho melhor que o modo retrato apenas por software do C11.

Por ter uma performance ligeiramente melhor no geral, o Nokia C30 fica com o ponto aqui.

Fotos tiradas com o Nokia C30

O finlandês e o chinês gravam vídeos limitados à resolução Full HD na traseira. Eles pecam ao não oferecer qualquer sistema de estabilização, além de o foco ser bem lento, o que pode atrapalhar para ter uma filmagem decente. Para completar, a captura de som fica apenas mono.

Nenhum dos dispositivos apresenta vantagem sobre o outro. Por isso, damos mais um empate.

Fotos tiradas com o realme C11

Dos dois lados, você vai achar uma câmera frontal de 5 MP. As selfies são razoáveis e devem atender a quem apenas vai publicar nas redes sociais. Já à noite, os ruídos ficam bem mais evidentes. O problema é o modo retrato deles, que deixa o fundo estourado por dispensar o HDR. As filmagens de frente também são limitadas a Full HD.

Mais uma vez, temos um ponto para cada.

O Nokia C30 chegou ao Brasil pelo preço sugerido de R$ 1.300, mais caro que os R$ 1.000 cobrados no lançamento do realme C11. No mercado nacional do momento, o chinês ainda está mais barato, em torno de R$ 600, contra algo próximo de R$ 800 pelo modelo finlandês.

Assim, o dispositivo da realme fecha o Comparativo com o último ponto.

Tivemos praticamente um empate no placar entre estes dois basicões. Por terem configurações parecidas, muitos quesitos acabam não tendo uma grande vantagem para algum lado, ou há um equilíbrio entre o que é bom em cada um. De qualquer forma, temos pontos a destacar neles.

O Nokia C30 é o único da dupla a contar com um leitor biométrico, além de possuir uma tela maior e com mais brilho, um desempenho um pouco mais rápido e uma bateria maior. Sem contar o seu conjunto de câmeras traseiras, que ainda consegue resultados superiores aos do concorrente.

Já do lado do realme C11, os destaques ficam por conta do design mais compacto e leve, do display com melhor aproveitamento frontal e cores personalizáveis, além do som de maior qualidade. A interface do sistema dele tem mais recursos, além de a sua bateria carregar mais rápido. Mas o que vai dar a vitória para a chinesa é o preço no mercado brasileiro, que está mais barato do que o rival.

RESULTADO

Nokia C30: 7 PONTOS

• Design com leitor biométrico
• Tela maior e com mais brilho
• Desempenho mais rápido
• Bateria com maior autonomia
• Câmeras traseiras com melhor sensor principal
• Vídeos básicos sem diferença de qualidade
• Selfies satisfatórias durante o dia

realme C11: 8 PONTOS

• Design mais compacto e leve
• Tela com mais personalização de cores e aproveitamento frontal
• Som mais potente e com maior qualidade
• Sistema com mais recursos
• Bateria com menor tempo de carregamento
• Vídeos básicos sem diferença de qualidade
• Selfies satisfatórias durante o dia
• Menor preço no mercado brasileiro atual

Você acha que compensa mais comprar o C30 ou o C11? Que fabricante mais atende ao que você precisa? Responda para a gente no espaço abaixo!

• O Nokia C30 está disponível na Magazine Luiza por R$ 629.
• O realme C11 está disponível na Magazine Luiza por R$ 750.