Economia e mercado 05 Set
A operadora norte-americana AT&T demonstrou oficialmente seu interesse em comprar a Oi no Brasil ainda em 2019. No entanto, a aquisição no país dependeria de algumas condições estabelecidas pelo presidente da empresa, Randall Stephenson.
O executivo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na última quarta-feira (28) e afirmou que a compra neste ano somente ocorreria em troca do apoio do governo na mudança da chamada Lei da TV Paga – ou Lei do SeAC.
Atualmente, a legislação brasileira impede a chamada “propriedade cruzada”. Na prática, um grupo de telecomunicações não poderia deter mais de 50% de um grupo de mídia e mais de 30% de uma operadora de forma simultânea.
Em junho de 2018, a AT&T comprou a Time Warner e passou a ser dona dos canais pertencentes à empresa adquirida. No entanto, a companhia também tem a operadora de TV por assinatura SKY no Brasil.
A fusão entre ambas sofreu resistência de emissoras nacionais e é tida como um dos motivos para o encerramento dos canais Esporte Interativo.
Um relatório para as mudanças nas regras atuais poderia ser aprovado por meio de um acordo entre o governo e os senadores da Comissão de Ciência e Tecnologia. Caso as alterações aconteçam, a AT&T não precisará se desfazer da SKY e ainda poderia adquirir a Oi, caso o Congresso aprove ainda em 2019.
A compra da operadora seria uma forma de resgatar a operadora, que passa por sérias dificuldades financeiras. Por outro lado, a tele norte-americana teria o controle de duas provedoras de TV por assinatura – Oi TV e SKY –, o que diminuiria ainda mais a concorrência – visto que a Claro incorporou a NET recentemente.
E aí, você acredita que a compra da Oi pela AT&T seria a melhor saída para reerguer a empresa? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.
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