19 Novembro 2018
Alguns meses atrás, a Anatel autorizou a venda da GVT para a Telefónica, porém, exigiu que a última deixasse seus direitos políticos na Telecom Italia, e havia um prazo de 18 meses para isso.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tinha receiros de que a Telefónica mantivesse participação na Vivo e TIM, o que resultaria em prejuízo na competição e na oferta aos consumidores. A agência exigiu que a Telefónica não pudesse ter participações nas reuniões ou votações da Telecom.
Nesta quarta-feira, porém, o órgão antitruste aprovou a compra, após o comunicado enviado pela Telefónica à Telecom Italia, no qual renunciou os direitos políticos na companhia.
Segundo o Cade, a Vivendi, detentora da GVT, se compromete também a reduzir gradativamente o capital da Telefónica, porém os pormenores desse acordo são confidenciais.
Possuindo ações da Telco, a Telefónica passou a ter participações na TIM, o que custou uma multa de R$ 15 milhões, em 2013. A Telecom ainda é dona da TIM, o que preocupou o Cade, que buscou a separação de participações para que a concorrência no setor fosse mantida.
A oferta da Telefónica pela GVT foi de 7,45 bilhões de euros, e como parte do pagamento, a Vivendi pôde escolher ficar com parte das ações da Telecom Italia, mas não poderá mantê-las, sendo obrigada a vendê-as e ficar apenas com o dinheiro.
O conselheiro do Cade, Márcio de Oliveira Junior, que foi o relator do processo, disse também que a Vivendi se comprometeu a reduzir a sua influência na Telefónica do Brasil, e não poderá compartilhar informações do grupo Telefónica ou do grupo Telecom.
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