12 Abril 2017
O novo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, concedeu sua primeira entrevista no novo cargo à TV Brasil, em gravação do programa Palavras Cruzadas, realizada na quarta-feira, 18. O novo chefe da pasta, que agora acumula o que antes eram dois ministérios, não escondeu que ainda está tentando conhecer melhor a área, mas disse já ter algumas soluções para tentar fazer as coisas funcionarem:
Minha prioridade é fortalecer a Anatel, trabalhar na reforma administrativa para tornar mais leve a estrutura do Ministério das Comunicações, agora extinto, e dar atenção às funções relacionadas com o atendimento dos consumidores.
Kassab, ex-prefeito da cidade de São Paulo e ex-ministro das Cidades durante o breve segundo mandato de Dilma Rousseff, acredita que a transferência para Anatel das atividades relacionadas a concessões e outorgas da radiodifusão, defendida pela Abert, seja uma possibilidade. Inclusive, o novo ministro acredita que há muitas funções antes desempenhadas pelo Ministério das Comunicações que podem ser repassadas para o órgão regulador, pois ele está melhor preparado para lidar com estas questões, em sua opinião.
O plano de Kassab é aperfeiçoar a gestão da área de comunicações e telecomunicações focando no consumidor. E, para isto, acredita ser necessário estimular as empresas a investirem.
Sobre o orçamento, o novo ministro quis ser transparente. "Não há recursos para todas as metas", observou, evitando entrar em especificidades, mas dando a entender que o gestor público precisa definir as prioridades e buscar o que acredita ser a melhor ação para cumprí-las.
Uma dessas prioridades, na visão do político, é a banda larga. No entanto, Kassab admitiu desconhecer o Programa Brasil Inteligente, lançado pelo ex-ministro das Comunicações, André Figueiredo, poucos dias antes de perder o cargo - e de o Ministério ser absorvido pela pasta de Ciência e Tecnologia. "Vamos avaliar e aperfeiçoar o que for necessário", prometeu.
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