
Oi 17 Jun
21 de junho de 2016 18
A semana começou péssima para Oi. Após entrar com o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil, a operadora teve um dia para esquecer no mercado de ações da Bovespa, com papeis sofrendo queda de cerca de 20% no fechamento do dia. A queda brusca paralisa a presença da empresa na Bolsa, e suas ações passam por medida drástica.
A partir de agora, as ações da Oi não fazem mais parte dos principais índices da Bovespa. São eles: Índice Brasil Amplo, Índice de Governança Corporativa Trade, Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada, Índice Small Cap, Índice de Sustentabilidade Empresarial, Índice Brasil 100.
Na prática, isso não quer dizer que as ações da empresa não possam ser negociadas, mas representa um revés e tanto para a companhia de telefonia. Em Portugal, a Oi passou por situação ainda pior, tendo as ações da sua controladora Pharol SGPS completamente suspensas. No país Europeu, a empresa pediu proteção à falência.
Na última sexta-feira, 17, a operadora reconheceu dificuldades em encontrar uma solução para a sua dívida, e chegou a assinar um acordo de suspensão do pagamento dos débitos da companhia junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por 180 dias - o banco é um dos principais acionistas da Oi
No entanto, credores e controladores da empresa negaram a redução de 50% da dívida, inicialmente calculada em R$ 50 bilhões, com a conversão em 50% de equity. A proposta para os bancos era de estender o pagamento e cancelar amortizações de juros por, no mínimo, quatro anos.
O plano de se livrar pelo menos facilitar o pagamento das dívidas não deu certo, e a operadora entrou com pedido de recuperação judicial de R$ 65,4 bilhões, na segunda-feira (20), valor que entra para a história do Brasil como o maior nesse tipo de negociação, superando em muito os R$ 11,2 bilhões da OGX, de Eike Batista, em 2013.
O pedido de recuperação é uma medida que tenta evitar a falência completa da Oi, que passará por um período de auditoria e desbloqueio de recursos para tentar mitigar seu déficit enquanto é avaliada pelo Judiciário brasileiro.
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