Assim como a impressão digital, o número de linha de um celular é único no mundo. De olho nisso, as empresas de telefonia querem oferecer uma integração com serviços de reconhecimento e autenticação através dos números para pequenas transações. É similar ao que o WhatsApp faz ao enviar um código ao número de telefone cadastrado.

A ideia é oferecer o serviço principalmente para bancos e sites de comércio eletrônico, conexões que necessitam ser seguras. Na hora de confirmar uma transação, o usuário informaria o número telefônico e a operadora (Oi, Vivo, Tim, Claro ou Nextel) responsável realizaria a comunicação para processar a autenticação.

A identificação pelo número celular já é oferecida como produto por teleoperadoras da Índia e Espanha, por exemplo. No país europeu, um banco e uma distribuidora de energia são os primeiros serviços a usarem o número do aparelho como forma de autenticação. Este serviço, inclusive, ajudaria as empresas a melhorarem suas receitas. A Vivo é a única que não registra queda dos resultados trimestrais.

Além da segurança, o uso do número telefônico tem como vantagem o caráter universal, alegam as teleoperadoras. Isso poque há muito mais usuários de smartphones que pessoas cadastradas nas redes sociais, como Facebook e Twitter.

O uso de tecnologias móveis como forma de pagamento, no entanto, ainda tem muito a evoluir, sobretudo em questões de segurança de dados. Recentemente, hackers conseguiram acessar informações de cartões de créditos de usuários de Samsung Pay, serviço este já disponível no Brasil. É esperado também que o Apple Pay seja liberado em breve por aqui. A consultoria Trend Micro descobriu que um malware do tipo Cavalo de Tróia bancário pode ser alugados por usuários mal intencionados a partir de R$ 2 mil. Este tipo de vírus e golpe pode ser crescente para smartphones.