O novíssimo Galaxy S9 foi apresentado hoje em solo brasileiro pela Samsung, mas já está nas bancadas do TudoCelular desde a última semana, quando fomos à Nova York acompanhar o início das vendas no mercado internacional.

Depois de prepararmos uma análise prévia onde comentamos todos os principais pontos do dispositivo e ainda fizemos alguns testes, chegou a hora de começar a olhar mais a fundo o carro-chefe da Samsung para este primeiro semestre de 2018, e assim descobrir se a decisão de trocar o Exynos de fabricação própria pelo Snapdragon 845 no Brasil realmente foi acertada ou não.

As especificações técnicas do Galaxy S9 incluem um chipset Qualcomm Snapdragon 845 com oito núcleos a até 2,7 GHz, GPU Adreno 630, 4 GB de RAM e 64 GB de espaço para o armazenamento interno, que pode ser expandido via microSD. Este conjunto precisa lidar com uma tela Quad HD+ Super AMOLED de 5,8 polegadas, mas que vem regulada por padrão em resolução Full HD+, sendo então esta a ser usada em nossos testes.

E aí, como será que o Galaxy S9 se sai? Confere aí!

O nosso primeiro teste consiste em medir quanto tempo o Galaxy S9 leva para abrir uma dúzia de apps. Na lista selecionada temos os apps nativos de Câmera, Galeria, Chrome e Configurações, enquanto outros foram baixados, como Facebook, WhatsApp, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Asphalt 8.

Em nossa primeira volta já tivemos um resultado bem mais satisfatório do que o marcado pelo Galaxy S8, sendo necessários agora 45 segundos para que todos os apps fossem reabertos e pudéssemos retornar ao cronômetro, enquanto no modelo de 2017 precisamos de 53 segundos para realizar a mesma tarefa.

Na segunda volta ambos foram bem similares, precisando de 21 segundos para trazer todos os aplicativos e jogos novamente à tela e retornar ao cronômetro, marcando um tempo total assim de 1 minuto e 6 segundos para o Galaxy S9 contra 1 minuto e 14 segundos de seu antecessor.

Infelizmente, porém, o novo modelo continua atrás de rivais de geração passada, como casos de OnePlus 5T e iPhone X.

Para quem curte benchmarks, executamos algumas ferramentas famosas que servem de comparação entre modelos. No AnTuTu, por exemplo, tivemos 259.556 pontos contra 205.136 do Galaxy S8, enquanto outros rivais com Snapdragon 835 ficaram na casa dos 210 mil pontos, como o caso do OnePlus 5T.

No GeekBench a situação não muda muito, sendo até marcadas pontuações superiores em todas as variações do teste em relação a flagships de 2017, mas nada tão absurdo assim. No single-core, tivemos 2.437 pontos no Galaxy S9 contra 2.008 pontos do Galaxy S8, enquanto no multi-core foram marcados 8.256 no modelo mais recente contra 6.805 na versão anterior.

Por fim, no teste de GPU da ferramenta, tivemos 13.917 pontos no Galaxy S9 e cerca de 11 mil pontos no Galaxy S8, enquanto rivais com Snapdragon 835 ficaram na casa dos 8 mil pontos.

No Sling Shot Extreme do 3D Mark vimos um aumento de mais de mil pontos em relação a concorrentes de geração passada, sendo alcançados 4.542 pontos no OpenGL ES 3.1 e 3.676 pontos no Vulkan. Para efeito de comparação, o Galaxy S8 Exynos marcou 2.602 e 2.510 pontos nos mesmos testes.

Por fim, temos o GFX Bench, onde foram alcançados 46 fps no Manhattan e 59 fps no T-Rex nas variações onscreen, valores bem próximos ao que conseguimos com o próprio Galaxy S8 nestes testes. Vale notar que caso você altere a resolução da tela para Quad HD+ estas pontuações cairão ainda mais.

Chegamos então ao teste prático com jogos, onde usamos o GameBench para medir a taxa média de quadros por segundo alcançada por eles, bem como o consumo de CPU e RAM. Caso esteja interessado no app, estará disponível mais abaixo um link para download na Play Store, e você pode conferir também o tutorial que fizemos para ajudar a configurá-lo corretamente em seu aparelho.

No Asphalt 8, tivemos 30 fps em média, mesma taxa alcançada com o Galaxy S8 e tantos outros modelos até intermediários, já que este é o máximo permitido no Android.

No Modern Combat 5, que felizmente pode ser executado em até 60 fps, foi justamente essa a média alcançada no Galaxy S9, ficando assim em pé de igualdade com o modelo de 2017 e outros concorrentes.

Seguindo para o Injustice 2, infelizmente temos mais um que só pode ser executado em até 30 fps no Android, sendo obviamente esta a taxa marcada em média pelo Galaxy S9 sem qualquer tipo de problema.

O Vainglory foi outro que rodou liso, o que felizmente corresponde a 60 fps em média, não havendo qualquer tipo de lag mesmo nas cenas mais movimentadas.

Nos títulos mais simples, tivemos 60 fps em média no Subway Surfers, algo já esperado considerando o desempenho do aparelho nos jogos mais pesados. Por fim, no Clash Royale, foram marcados 59 fps em média, o que parece ser mais uma limitação do próprio jogo do que do dispositivo, já que ele se portou da mesma forma em outros modelos topo de linha.

Com tudo isso, podemos dizer que o Galaxy S9 está sim mais rápido que seu antecessor, porém a interface pesada da Samsung não deixa o poder de fogo do aparelho ser aproveitado em todo o seu potencial, algo notado principalmente durante o uso diário ao alternar constantemente entre aplicativos e jogos.

Por falar em jogos, temos potência de sobra para rodar todos os títulos da Play Store com fluidez máxima por algum tempo, mas isso pode ser dito também sobre o próprio Galaxy S8, então se você já possui o modelo de 2017 e está pensando em comprar o mais recente apenas pelo desempenho pode não ser uma ideia tão boa assim.

Mas e você, ficou convencido sobre a performance do Galaxy S9? Ou acha que é melhor apostar em um modelo de 2017 mesmo? Deixa seu comentário aí embaixo!