No início de 2017 realizamos o nosso teste de desempenho com o Galaxy S7 Edge. Na época, o flagship da Samsung tinha acabado de receber o Android Nougat, e mostrou resultados bons, mas nada surpreendente para aparelhos na sua faixa de preço.

A interface da Samsung nunca foi das mais rápidas, mas de lá para cá vimos uma grande mudança por parte da empresa. Saiu a TouchWiz e entrou a Samsung Experience, a mesma interface presente no Galaxy S8 e S9. Resultado disso? O S7 Edge ficou mais rápido, tão rápido que até chega a ameaçar os seus irmãos mais recentes.

Mas antes de partimos para os nossos testes vamos recapitular as principais especificações do aparelho. O nosso modelo é a versão nacional com Exynos 8890, que oferece um processador de oito núcleos com velocidade máxima de 2,3 GHz. A GPU é a Mali-T880 MP12. Enquanto em RAM temos 4 GB para segurar todos os apps abertos.

O nosso primeiro teste consiste em medir quanto tempo o Galaxy S7 Edge leva para abrir uma dúzia de apps. Na lista selecionada temos os apps de Câmera, Galeria e Configurações enquanto outros foram baixados, como Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon Go e Asphalt 8.

A abertura foi realizada exatamente nesta ordem, contando o tempo a partir do momento em que o cronômetro foi iniciado e sendo feita uma marcação ao final do primeiro ciclo para vermos se a segunda etapa seria executada mais rapidamente, pois todos os apps e jogos teoricamente já estariam armazenados na RAM.

Na primeira rodada, o S7 Edge levou apenas 52s, sendo consideravelmente mais rápido que em nosso teste com o Nougat que levou 1m17s para abrir todos os aplicativos. Enquanto na segunda volta ele precisou de apenas 16s, também abaixo dos 22s de antes. O que vemos é que a Samsung Experience fez muito bem ao aparelho, deixando mais ágil na abertura de apps e também aprimorando o desempenho multitarefas.

Partindo para benchmarks começamos pelo AnTuTu. A ferramenta sofreu uma grande reformulação na versão 7.0, o que fez com que o algoritmo de análise fosse totalmente reescrito. Aqui vimos resultados superiores ao teste anterior, mas isso não implica que o Galaxy S7 Edge esteja mais poderoso do que antes. Houve um aumento de 45% na pontuação entre as versões, alcançado agora 166 mil pontos.

Pelo que tudo indica, a Samsung Experience também turbinou o desempenho do S7 Edge em testes sintéticos. No GeekBench também vimos um aumento na pontuação comparado ao teste anterior com Nougat. Com apenas um núcleo em uso tivemos 1.947 pontos, chegando a 5.322 com todos os oito núcleos em ação. Quando a GPU é avaliada pela ferramenta, a pontuação passa para 5.815.

A Mali-T880 MP12 também foi turbinada pela atualização. No GFX Bench, que realiza três testes com APIs gráficas diferentes, vimos um aumento na pontuação em todos eles. No Car Chase tivemos 16 fps na resolução nativa (interface vem por padrão em Full HD e não Quad HD) e 15 fps quando foge da limitação do painel de 60 Hz.

No Manhattan a pontuação foi de 41 fps nativamente e 35 fps sem limitação de tela, enquanto no T-Rex tivemos 57 fps e 78 fps, respectivamente. Comparado ao teste anterior foi um salto considerável, chegando a dar uma diferença de até 32 fps!

A Mali-T880 MP12 também foi turbinada pela atualização. No GFX Bench, que realiza três testes com APIs gráficas diferentes, vimos um aumento na pontuação em todos eles. No Car Chase tivemos 16 fps na resolução nativa (interface vem por padrão em Full HD e não Quad HD) e 15 fps quando foge da limitação do painel de 60 Hz.

No Manhattan a pontuação foi de 41 fps nativamente e 35 fps sem limitação de tela, enquanto no T-Rex tivemos 57 fps e 78 fps, respectivamente. Comparado ao teste anterior foi um salto considerável, chegando a dar uma diferença de até 32 fps!

Em nosso teste anterior com o Nougat não chegamos a testar muitos jogos no S7 Edge. Mas o que vemos é que o smartphone da Samsung entrega desempenho muito bom. Apenas o Asphalt 8 ficou abaixo dos 30 fps entre o grupo de jogos que normalmente usamos. Isso aconteceu apenas por uma limitação da Gameloft que trava o jogo no Android para não ir além disso.

Uma baita surpresa foi ver Injustice 2 rodando acima de 50 fps, enquanto nos outros Androids ele fica travado nos 30 quadros por segundo. Por outro lado, jogos mais leves como Subway Surfers e Clash Royale não seguraram 60 fps o tempo inteiro. Na prática, pelo menos, não percebemos nenhum tipo de problema.

Testamos também o PUBG Mobile. Por padrão ele configurou o jogo para a qualidade média, travando a taxa de quadros por segundo em 25. É possível mudar para a qualidade alta, o que faz a média chegar a 30 fps, mas o smartphone aquece mais e a bateria dura menos. Na prática, a diferença na fluidez entre os dois modos não é muita.

A atualização do Oreo com a Samsung Experience 9.0 fez muito bem ao Galaxy S7 Edge. O aparelho ficou mais rápido na abertura de apps, tivemos o desempenho multitarefas aprimorado e ainda ganhou alguns pontos em todos os benchmarks analisados. Achou pouco? Até mesmo os jogos receberam um pequeno ganho, com Injustice 2 rodando melhor que em qualquer outro Android que passou pelo TudoCelular.

Infelizmente, esta será a última versão do robozinho a ser lançada para o aparelho, mas é gratificante ver que Samsung caprichou na atualização, o que deixará o smartphone redondinho por muito tempo. Só resta saber se o Galaxy S8 e S9 também serão melhorados em futura atualização.