
Android 02 Fev
03 de fevereiro de 2025 7
O Galaxy Tab S10 Ultra foi lançado pela Samsung em outubro do ano passado, e agora passa por nossas bancadas para ver se realmente vale os mais de 10 mil reais pedidos pela marca.
As grandes novidades são a chegada do chip Dimensity 9300 Plus da MediaTek, que não só entrega uma performance ainda melhor que a geração anterior como ainda possibilita uso de funções avançadas de Inteligência Artificial no Galaxy AI.
E aí, será que vale comprar o Galaxy Tab S10 Ultra? É hora de descobrir.
A Samsung manteve basicamente o mesmo conjunto visto no Galaxy Tab S9 Ultra em termos de design. Isso significa que temos um tablet bem grande e muito fino, com corpo construído em alumínio de laterais retas e parte traseira com duas câmeras posicionadas discretamente no canto superior esquerdo, faixa para posicionar a S Pen magneticamente logo abaixo e listras plásticas para ajudar no sinal.
A parte frontal é o grande destaque, com tela de bordas bem finas em todos os quatro lados, o que inclusive “obriga” a Samsung a adotar um notch para as duas câmeras frontais do aparelho. Era realmente necessário? Eu não sei, mas faz ser bem fácil reconhecer o Galaxy Tab S10 Ultra — e seu antecessor — em qualquer lugar.
Destaque da geração anterior, a Samsung manteve a certificação IP68 contra danos por água e poeira, tanto no tablet em si quanto na S Pen que vem de fábrica na caixa. Por isso, temos basicamente as mesmas dimensões e peso da geração passada, com destaque para a espessura de apenas 5,4 mm e o peso de 718 gramas.
Os botões de volume e energia ficam na parte superior, ao menos quando o tablet está na horizontal com o notch para cima, assim como a gaveta para cartão micro SD. Eles ficam em posição fácil de alcançar, diferente do que acontece com o leitor de digitais sob a tela, que pode ser meio chato de achar em alguns momentos.
Nas duas laterais temos saídas de som, duas em cada, enquanto do lado direito fica a porta USB-C para recarga e transferência de dados.
No geral, é um aparelho bonito e que mantém o que deu certo na geração passada, entregando aos usuários um tablet resistente e fácil de carregar por aí.
Além do USB-C, o Tab S10 Ultra tem Wi-Fi 7 tri-band e Bluetooth 5.3, mas nada de NFC por aqui — se bem que seria até engraçado tentar usar ele para pagar o cafezinho na padaria.
A tela é basicamente a mesma que vimos na geração passada, com tecnologia AMOLED Dinâmico 2X, 14,6 polegadas, resolução acima do Quad HD e taxa de atualização variável de até 120 Hz. A novidade fica para o acabamento antirreflexo do display, que ajuda bastante na hora de visualizar conteúdo ao ar livre ou perto de uma fonte forte de luz, como uma janela grande.
Como esperado, é um ótimo display que entrega cores vibrantes, preto profundo e alto nível de brilho, podendo ser usado tanto por profissionais que precisam de uma maior precisão nas cores quanto por quem quer só assistir vídeos ou jogar com imagens que saltam aos olhos.
A parte sonora segue o mesmo caminho, com quatro alto-falantes da AKG trabalhando em conjunto para entregar som envolvente e potente. Assim como no caso da tela, você pode usar o tablet para assistir filmes, ouvir músicas ou escutar seu podcast favorito, sendo possível até equalizar o Dolby Atmos de acordo com o conteúdo ou deixar que ele decida automaticamente como equilibrar as faixas.
Maior mudança do Galaxy Tab S10 Ultra, tivemos a chegada do chip MediaTek Dimensity 9300 Plus em vez da solução equivalente da Qualcomm, que na época era o Snapdragon 8 Gen 3 for Galaxy. Isso pegou muita gente de surpresa e causou até algumas críticas antecipadas, mas a verdade é que o chip é sim muito bom.
Para se ter ideia, tivemos mais de 1,7 milhão de pontos no AnTuTu, enquanto modelos com a plataforma da Qualcomm normalmente ficam na faixa dos 1,6 milhão de pontos. No Geekbench os dois chips também são muito parecidos em resultados, reforçando que você não precisa ficar com medo em relação a isso.
Apesar do grande ganho em performance bruta quando comparado à geração anterior, especialmente em jogos e tarefas de Inteligência Artificial, um ponto que pode desapontar muita gente é que o Tab S10 Ultra chegou em versão máxima de 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento, enquanto seu antecessor ia até 16 GB e 1 TB, respectivamente.
De qualquer forma, você vai ter desempenho fluido em basicamente qualquer tipo de tarefa, indo desde acesso a redes sociais e apps de streaming até jogos pesados, edição de vídeos e desenho artístico.
E isso também se aplica ao sistema. Lançado com Android 14 e One UI 6.1.1, o tablet tem acesso a funções do Galaxy AI, como a transcrição de voz para texto, edição de imagens com IA generativa, tradução em tempo real e, claro, o Circule para Pesquisar, que facilita bastante na hora de procurar por alguma coisa que você estiver vendo na tela ou com a câmera do aparelho.
Por ter a S Pen na caixa de fábrica, o tablet permite um uso mais criativo, especialmente na hora de escrever, pintar e desenhar. O mesmo vale para o kit de teclado com trackpad, que praticamente transforma um tablet em um notebook ao ativar o modo DeX, permitindo abrir apps em janelas e muito mais.
Por ser um produto Galaxy, a integração com outros eletrônicos da Samsung também acontece de forma rápida e intuitiva, sendo possível por exemplo vincular o seu smartphone para atender ligações no tablet ou usá-lo como webcam durante uma videochamada.
Só seria bom já ter o Android 15 rodando aqui, considerando que já estamos começando a ouvir sobre o lançamento do Android 16.
O Galaxy Tab S10 Ultra tem uma bateria de 11.200 mAh para dar conta do hardware potente e tela enorme, e no geral ele aguenta um dia inteiro de uso sem grandes problemas. O maior trunfo aqui é o consumo em standby, que é bastante controlado, o que significa que deixar o tablet de lado por algumas horas e depois voltar de onde parou não vai impactar tanto na autonomia.
Em uso com reprodução de vídeos com brilho da tela em 50%, tivemos uma média de consumo de 7% por hora, o que dá aí umas 14 horas de reprodução. A Samsung promete 16 horas em um cenário um pouco mais controlado, ou 10 horas de navegação na internet, o que fica dentro do que alcançamos em nossos testes.
O maior ponto negativo aqui não fica na duração da bateria em si, e sim no tempo de carregamento. Usando o carregador de 15 W que vem na caixa você vai precisar de quase 4 horas para fazer o tablet ir de 0 a 100%. Com meia hora na tomada você tem apenas 15% de carga, levando quase 2 horas para chegar a 50%. Muita gente vai acabar mantendo o tablet na tomada direto, o que não é nada saudável para a bateria.
Felizmente, o Tab S10 Ultra aguenta até 45 W de recarga, o que vai reduzir muito esse tempo se você tiver um carregador compatível em casa.
Ninguém sai por aí tirando fotos na rua com um tablet desse tamanho, certo? Bom, a Samsung parece não se importar com isso, e meteu logo quatro câmeras no Tab S10 Ultra, duas na frente e duas atrás. Temos basicamente o mesmo conjunto da geração passada, com um sensor de 13 MP e outro de 8 MP para lentes principal e ultrawide na traseira, enquanto as frontais são de 12 MP na mesma configuração.
No geral as fotos acabam pesando a mão um pouco na saturação, mas isso deve agradar a maioria, com cores vivas que saltam aos olhos. Em uso padrão, com digitalização de documentos e coisas do tipo, as câmeras traseiras vão dar conta tranquilamente, e os sensores frontais também são legais para videochamadas.
Você pode até gravar vídeos em 4K com ele, tanto com a frontal quanto com a traseira, mas as pessoas não vão ficar muito felizes se você enfiar um tablet desse tamanho na frente de todo mundo na hora do parabéns.
O Galaxy Tab S10 Ultra é o famoso “em time que está ganhando não se mexe”. A Samsung pegou tudo o que deu certo na geração passada e manteve, incluindo visual, tela, câmeras e bateria, focando em aprimorar a performance com um chip mais potente e entregar mais funções com o Galaxy AI.
Com isso, temos um tablet com ótima construção, sistema multimídia com tela e som de alta qualidade, performance de ponta para basicamente todo tipo de tarefa, sistema completo que aproveita a tela grande, bateria com boa autonomia e câmeras que cumprem o que se propõem a fazer.
Como pontos negativos temos especialmente o tempo de recarga muito longo com o carregador entregue na caixa. É inacreditável um produto tão premium e tão caro levar 4 horas para poder ser usado de forma plena, além da demora na chegada do Android 15, que poderia tornar o que é bom ainda melhor.
Claro, não dá para ignorar também o preço bastante salgado cobrado oficialmente por ele no Brasil. Com os mais de R$ 10 mil pedidos pela Samsung você quase consegue pegar um Galaxy Book 4 Ultra, que também tem tela touch e vai entregar um mundo a mais de performance e possibilidades de uso.
Por outro lado, quando comparamos com o iPad Pro a coisa muda de figura. O tablet profissional da Apple tem chip de computador que entrega muito mais potência, é verdade, mas tirando isso ele não faz muito mais do que o tablet da Samsung, e tem preço que parte de mais de 15 mil reais na sua versão de 13 polegadas. A lição é que tablet bom tá caro, mesmo.
Uma alternativa, se você não liga para ter uma tela tão grande, é ir no Galaxy Tab S10 Plus, que traz basicamente o mesmo conjunto mas em um pacote ligeiramente mais acessível, com preços partindo de R$ 8 mil.
Mas e você, o que achou do Galaxy Tab S10 Ultra? Acha que faz sentido pagar tudo isso em um tablet? Deixa seu comentário abaixo!
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