Segurança 11 Abr
Mark Zuckerberg, que testemunhou perante o Senado na terça-feira (10), se apresentou ao Comitê da Energia e Comércio da Câmara dos Estados Unidos para responder perguntas de mais de 55 congressistas sobre a privacidade e uso de dados da rede social.
Depois de deixar uma menção de que a plataforma poderá se tornar paga, ele recusou a se comprometer em fazer alterações nas configurações padrão de privacidade do Facebook, que poderiam ser orientadas à máxima proteção de dados, com todos os programas opcionais de coleta de dados desativados a menos que os usuários optem por eles.
Essa sugestão veio da parte de Frank Pallone, o segundo congressista a falar. Ele perguntou a Zuckerberg se o CEO poderia se comprometer a alterar as configurações básicas do Facebook para “minimizar a coleta e uso dos dados de usuários”. A pergunta exigia uma resposta de "sim" ou "não, ao que Zuckerberg disse que é algo “complexo que não tem resposta simples”.
Aparentemente, a estratégia de Zuckerberg foi se aproveitar de que cada um dos legisladores tinham apenas quatro minutos para fazer perguntas ao executivo. As respostas em geral foram evasivas ou com falsas analogias. Quando a congressista Anna Eshoo, da Califórnia, perguntou ao empresário se ele estava disposto a "mudar o modelo de negócios do Facebook" para proteger a privacidade dos usuários, Zuckerberg disse que "não tem certeza do que isso significa".
Durante a audiência, Mark Zuckerberg revelou que também teve seus dados acessados pela Cambridge Analytica, admitindo que nem mesmo suas informações pessoais estão seguras.
Essa informação veio após a congressista Anna Eshoo perguntar ao CEO se seus dados pessoais foram vendidos a terceiros, junto com os de outros 87 milhões de usuários do Facebook, no caso da Cambridge Analytica. "Sim", ele respondeu.
Zuckerberg também foi questionado por republicanos sobre uma forma de “censura” a postagens conservadoras no Facebook, como publicações de youtubers pró-Trump.
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