Recentemente, nós mostramos que um ataque hacker ao sistema de saúde de Singapura foi responsável pelo roubo de informações sobre 1,5 milhões de habitantes da cidade. A informação acabou chamando a atenção, uma vez que ações do tipo estão se tornando cada vez mais comuns.

Agora, de acordo com investigações prévias por parte do governo, os responsáveis por esse ataque ao SingHealth – a maior rede de saúde de Singapura – são pessoas ligadas ao governo de outro país. Essa afirmação foi feita nesta segunda-feira (06/08) por meio de uma entrevista coletiva.

De acordo com S. Iswaran, durante a sua fala no parlamento, o governo já sabe a identidade dos hackers. No entanto, por conta da segurança nacional, pretende não divulgar isso ao público como forma de não prejudicar as investigações.

O ministro das comunicações também explicou que esses hackers trabalham como uma espécie de "Ameaça Persistente Avançada":

Esta ameaça refere-se a uma classe de hackers sofisticados, tipicamente ligados a um estado, que conduzem campanhas cibernéticas ampliadas e cuidadosamente planejadas, para roubar informações ou interromper as operações

Ele também afirmou que o governo já tem como quase certa a identidade dos hackers que roubaram os dados, mas que ainda não pode fazer nada a respeito. Isso porque ainda não existem provas robustas o suficiente para que alguma ação legal seja tomada contra essas pessoas.

Já o ministro da Saúde, Gan Kim Yong, disse que esses hackers tentaram ao máximo remover o rastro da sua ação e ainda explicou que eles podem atacar outras áreas do governo de Singapura:

Apesar de nossas medidas de segurança, os agressores foram muito pacientes, muito persistentes e muito engenhosos. Com ferramentas avançadas de hacking, eles finalmente tiveram sucesso ... Levamos isso a sério, pois não há razão para acreditar que eles não tentarão novamente com ferramentas ainda mais avançadas

Por enquanto, o governo continuará tocando as investigações como forma de achar mais provas contras os hackers. Além disso, todos os computadores do sistema de saúde foram desligados da internet enquanto uma empresa busca encontrar e corrigir todas as brechas de segurança do sistema.