Segurança 29 Set
Na última sexta-feira, o Facebook revelou por meio de comunicado oficial que uma falha de segurança na função “Ver como” deu acesso indevido a dados de 50 milhões de usuários. Graças a isso, 90 milhões de contas tiveram seus acessos temporariamente suspensos por prevenção.
No entanto, apesar da “boa vontade” do próprio Facebook em assumir a falha, tornando-a pública e buscar corrigir os problemas identificados, tanto a União Europeia quanto o Brasil já se posicionaram, visando obter mais informações a respeito do ocorrido.
O primeiro a efetivamente exigir esclarecimentos por parte da empresa foi a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC). Nesse caso, a solicitação é de que a rede social forneça o mais rápido possível, informações sobre impactos relacionados à usuários residentes em países pertencentes à União Europeia.
Caso seja identificado que houveram violações às regras de proteção de dados promulgado pelo grupo de países, a empresa pode ser multada em até US$ 1.6 bilhão (algo em torno de R$ 6.43 bilhões em conversão direta), segundo estimativas do jornal americano The Wall Street Journal.
Além disso, o caso também será investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DTF) sob a mesma alegação, passando a ser o segundo processo relacionado à vazamento de dados dentro do território nacional.
Esse é mais um problema de alta complexidade para a rede social capitaneada por Mark Zuckerberg enfrentar, em um mercado que cada vez mais sente dificuldade em confiar na capacidade da empresa de se manter fora de escândalos.
Só para se ter uma noção de quão negativa foi a notícia para a imagem da empresa, de quinta-feira (dia anterior à nota) até hoje, as ações perderam 3,79% do seu valor de mercado, passando de R$ 678,34 para R$ 653,01 nas ações negociadas na NASDAQ.
Apesar de a diferença entre valores parecer pouca, o impacto no geral é grande. Para se ter uma noção, essa variação significa uma queda de aproximadamente 670 milhões de reais no valor de mercado da empresa, considerando a taxa cambial do dia 01 de outubro.
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