19 Dezembro 2018
Recentemente o Facebook teve de entregar documentos importantes às autoridades para que ocorresse a averiguação de sua participação em escândalos passados. A papelada interna que foi entregue incluía diversas conversas de executivos da rede social com os de outras companhias.
E os documentos internos do Facebook tomados pelos legisladores sugerem que a empresa no mínimo considerou vender acesso aos dados dos usuários. Em Abril, vimos Mark Zuckerberg dizer ao congresso sem pestanejar que, "Nós não vendemos informações". Até então, os documentos dão certa força ao que foi dito pelo CEO, embora tenha considerado internamente, quando a companhia estava tendo dificuldades em gerar receita após sua Oferta Pública Inicial.
Em um caso, um dos empregados sugeriu desativar o acesso à data, exceto se as empresas pagassem "U$250 mil por ano para manter o acesso." Outro ocorrido, um dos funcionários discutiu sobre uma "estratégica" conversa com a Amazon para evitar uma "triste diálogo" sobre a segunda empresa a alcançar a marca de U$1 trilhão ter menos acesso a informações no futuro.
Isso ocorreu quando o Facebook percebeu que companhias de mineração de dados poderiam pegar (e pegavam) as informações dos usuários, enquanto a rede social não obtinha nenhum lucro disso.
Foi essa brecha no site que permitiu, por exemplo, que a Cambridge Analytica começasse a minerar os dados (cuja finalidade chegou a ser influenciar a opinião de eleitores em vários países) e ganharem acesso a 87 milhões de contas de usuários, mesmo apesar de apenas alguns milhares consentirem em entregar tais informações.
Apesar de ser inconclusivo, até o momento os documentos não comprovaram que a venda de dados realmente ocorreu ou que o CEO Mark Zuckerberg mentiu no tribunal. Ainda assim, é preocupante a consideração da venda das informações dos usuários.
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